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    'Diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa está na mesma situação de G. Dias', aponta Helena Chagas

    "[G. Dias] nada teve a ver com o 8/1 mas foi traído por informações falsas e viu subordinados compactuarem com a tentativa de golpe — e, por aí, perdeu o cargo", lembra

    (Foto: Leonor Calasans/IEA-USP)

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    247 - A jornalista Helena Chagas, por meio de postagem no X, antigo Twitter, neste domingo (28), afirmou que o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, está em situação "parecida" com a do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, o general Gonçalves Dias. 

    G. Dias foi demitido após a divulgação de imagens suas caminhando no Palácio do Planalto durante os ataques de bolsonaristas golpistas. A divulgação das imagens deram a entender que ele teria de alguma maneira sido condescendente com os criminosos, e a pressão foi tamanha que o militar acabou sendo substituído.

    Para Helena Chagas, Corrêa, assim como G. Dias, "foi traído por informações falsas" e por seus subordinados. Nos últimos dias foram noticiadas informações de que a Polícia Federal investiga uma possível atuação da atual direção da Abin para proteger o ex-diretor da Agência e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e outros envolvidos em um esquema de espionagem ilegal. >>> Chefe da Abin convocou reunião de emergência durante ação da PF. Diretoria da agência tentou obstruir busca e apreensão

    "Pode-se dizer que o atual diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa, seja bolsonarista e tenha entrado em conluio para acobertar responsáveis por espionagem ilegal contra adversários do governo passado? De jeito nenhum. Mas Corrêa começa a ficar em situação parecida com a do general G. Dias, que nada teve a ver com o 8/1 mas foi traído por informações falsas e viu subordinados compactuarem com a tentativa de golpe — e, por aí, perdeu o cargo de ministro do GSI. Em território próximo, parece que a Abin padece do mesmo tipo de infiltração. O que mostra que não basta eleger um novo governo e mudar as coisas lá em cima. O corporativismo de alguns órgãos age fortemente para preservar os seus, independentemente do chefe — que percebe que, para sobreviver ali, tem que fazer alguma espécie de pacto interno. O problema é quando esse acordo é usado pelos que são ligados à ordem anterior para acobertar atos como a espionagem ilegal. Pior ainda quando o episódio está no contexto de uma disputa entre duas fortes corporações: PF x militares/Abin", publicou Helena.

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