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Elio Gaspari: 'o atraso possibilita uma visão da Amazônia como hospedeira do crime'

O jornalista repercute o desaparecimento do indigenista Bruno Araújo e do jornalista inglês Dom Phillips

Elio Gaspari, o jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira (Foto: Alice Vergueiro/Abraji | Nacho Doce/Reuters | Reprodução)

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247 - Em sua coluna publicada no jornal Folha de S.Paulo, Elio Gaspari afirma que "o desaparecimento do indigenista Bruno Araújo e do jornalista inglês Dom Phillips tornou-se um capítulo no debate internacional em torno da Amazônia". "O governo brasileiro, que já estava mal na foto, ficou pior. Uma coisa é discutir o desmatamento ou a falta de atenção para os indígenas. Bem outra é olhar para a região como hospedeira do crime organizado, com seu braço do narcotráfico", continua.

De acordo com o jornalista, "os estrategistas de Brasília, que gostam de brincar com tabelas, arriscam transformar a Amazônia numa ameaça à segurança de outros países". "A debilidade do Estado brasileiro na região estimulará discursos intervencionistas, bem ou mal intencionados".

"As facções criminosas competem com os órgãos federais de segurança e meio ambiente. Lá, estão o Comando Vermelho carioca, o paulista Primeiro Comando da Capital, mais a Família do Norte, o Comando Classe A e Os Crias. Elas são um dado da equação. A conexão dos garimpos ilegais com essas facções criminosas é outra. Junta-se a essas duas anomalias a rede de interesses de grileiros, desmatadores e garimpeiros ilegais confortados pela retórica de Jair Bolsonaro", acrescentou.

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