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    "Elon Musk provocou o pânico dos liberais", diz Glenn Greenwald

    "À medida que a guerra na Ucrânia inaugura um regime de censura sem precedentes, a histeria liberal explode sobre a possibilidade de liberdade de expressão", disse o jornalista

    Glenn Greenwald

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    247 - Em episódio na plataforma Callin, o jornalista Glenn Greenwald comentou a proposta de compra do Twitter por parte do mega-bilionário Elon Musk. 

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    Segundo ele, a proposta vem para conter o autoritarismo das elites neoliberais sobre as redes sociais, e causa o pânico delas à medida que a censura sobre a guerra na Ucrânia se torna evidente.

    "Especialmente durante os últimos 6 anos, com as mudanças perturbadoras da eleição de Donald Trump, Brexit no Reino Unido e a ascensão de líderes populistas no Brasil e na Europa, (surgiu) um pânico nas elites neoliberais, no qual elas passaram a adotar medidas crescentemente repressivas, baseadas na visão de que as ameaças a sua hegemonia eram suficientemente graves que soluções autoritárias se tornam não somente justas, mas também necessárias, incluindo a censura", disse. 

    No Twitter, o jornalista vem criticando a reação dos porta-vozes dessa elite: a imprensa estadunidense e europeia. 

    Em fio na rede social, ele afirma que esta mídia "não apenas favorece a censura, mas também anseia desesperadamente e depende dela", e que a proposta de Musk tornou isso claro.

    "Na cultura americana, somos inculcados desde a infância que a censura é ruim. Então é claro que ninguém -- especialmente os jornalistas -- quer dizer: 'Eu sou a favor da censura'.  É por isso que eles precisam de eufemismos como 'moderação de conteúdo': fingir que se trata de bots, abuso, etc., em vez de ideologia", prosseguiu.

    "Todo mundo sabe que eles estão mentindo. Ninguém se importa com o Twitter censurando bots ou spam. Não é disso que se trata.  A censura de mídia social com a qual as pessoas se preocupam é 100% ideológica: banir a dissidência sobre a Covid, os e-mails de (Hunter) Biden, debates sobre guerra cultural etc. É isso que está em jogo", continuou.

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