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'Entre a eleição e a posse serão mais três meses de matança de lideranças indígenas', diz Janio de Freitas

"A única maneira de talvez conseguir-se algumas providências é maior atenção da imprensa para as situações agudas, ao menos essas", avalia o jornalista Janio de Freitas

(Foto: Reuters | Christiano Antonucci/Secom-MT)

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247 - O jornalista Janio de Freitas escreve em sua coluna deste domingo no jornal Folha de S.Paulo que “o período entre a eleição e a posse está propenso a ser alarmante, mas não por desatinos militarescos. Três meses a mais da matança já em curso de chefes indígenas, invasão das terras de reserva, maior desmatamento, novos e urgentes garimpos ilegais —um ataque desvairado da criminalidade em tempo de aproveitar a licenciosidade que Bolsonaro lhe proporciona, por sua própria criminalidade. A ofensiva apressada pelo medo da derrota eleitoral”.

"A única maneira de talvez conseguir-se algumas providências é maior atenção da imprensa para as situações agudas, ao menos essas. Não seria generosidade. É um dever historicamente muito mal cumprido pela imprensa. Como se não compreendesse que relegar a dimensão humana e moral do extermínio de indígenas e da exploração ilegal de riquezas públicas é, no mínimo, também conivência com essa criminalidade”, destaca.

Ainda segundo ele, Bolsonaro também mostrou “com clareza” uma “particularidade até agora pouco observada: a ingratidão”. “Seu insulto a uma jornalista rivalizou, em espaço de imprensa e tempo de TV, com nada menos do que a eleição para a Presidência do país. Embora não fosse comparável aos insultos dirigidos às jornalistas Patrícia Campos Mello, Míriam Leitão, Elvira Lobato e outras, teve a particularidade de tomar o lugar do que devia ser um agradecimento de Bolsonaro”, avalia

“De sua parte, Vera Magalhães poderia mesmo surpreender-se. Até a recente transferência para O Globo, sua atividade no Twitter, na Jovem Pan, em artigos foi integrante da incitação ao clima furioso que favoreceu Bolsonaro”, ressalta Janio mais à frente. Para ele, “Bolsonaro e seus apoiadores são crias do fascismo, com tempero miliciano e militar. Nesse extremismo, quem não está ou não está mais com eles é inimigo, na acepção mais totalizante da palavra”.

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