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    Globo ataca desenvolvimentismo em editorial sobre a posse de Lula

    Jornal omite que na história recente foi a política econômica de Lula que mais fez o país crescer

    Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução | Reuters/Carla Carniel)

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    247 - O jornal O Globo, que liderou a campanha golpista para derrubar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e prender o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), publicou editorial neste domingo em que atacou o projeto desenvolvimentista do Partido dos Trabalhadores.

    "Na montagem de sua equipe, Lula também abriu espaço a toda sorte de devaneio desenvolvimentista, dos tempos em que o BNDES era fonte de crédito barato a empresários amigos, e estatais como Petrobras ou Banco do Brasil eram antros de corrupção. Está nos planos da nova gestão interromper privatizações avançadas (como Correios ou refinarias) e retomar o controle em empresas privatizadas (como Eletrobras). A intenção é interromper até a liquidação da Ceitec, fábrica de chips defasada, que jamais serviu para conquistar nem mercado nem tecnologia — e já custou R$ 800 milhões. Só falta ressuscitar a reserva de mercado da informática ou a política de conteúdo nacional em plataformas de petróleo...", diz o texto.

    O jornal diz ainda que "se Lula acredita que o sucesso econômico de seus primeiros mandatos resultou da mistura de crédito dos bancos estatais com investimento público, e que basta repetir a fórmula, dará com os burros n’água".

    No entanto, o editorial omite que na história recente foi a política econômica de Lula que mais fez o país crescer. No período de FHC [Fernando Henrique Cardoso], o País cresceu em média 2,5% de 1995 a 1998 e 2,3% de 1999 a 2002. Sob Lula, cresceu 3,5% de 2003 a 2006 e 4,6% de 2007 a 2010. Com Dilma, o crescimento foi de 2,4% de 2011 a 2014. 

    A ex-presidente, no entanto, passou a ser sabotada por seu vice, Michel Temer, pelo então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e outros. Ela foi impedida de governar e acabou deixando formalmente o governo em 12 de maio de 2016. Como consequência do golpismo, o PIB brasileiro recuou 3,4%. Com Temer, de agosto de 2016 a dezembro de 2018, o crescimento foi de 1,6%. No entanto, os números de Temer foram ainda piores porque ele assumiu o cargo no dia 13 de maio de 2016 e passou a aplicar o choque neoliberal, conhecido como "ponte para o futuro" já no seu primeiro dia. Estima-se que o crescimento do PIB sob o governo Jair Bolsonaro (PL) ficará em 1,5%.

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