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Globo reclama da valorização do salário mínimo mas não fala nada dos bilhões gastos com juros, aponta Lindbergh Farias

Jornal publicou editorial em que critica a valorização do salário mínimo por sua repercussão junto às aposentadorias e benefícios sociais do INSS. "Vergonha!", diz o deputado

Lindbergh Farias (Foto: Reprodução | Jefferson Rudy/Agência Senado)

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247 - O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) criticou o editorial publicado pelo jornal O Globo neste sábado (27), que ataca a política do governo Lula (PT) de valorização do salário por sua repercussão junto às aposentadorias e benefícios sociais do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). "Como aposentadorias e benefícios sociais estão atrelados ao salário mínimo, todo aumento repercutirá nas contas do governo. As despesas com o INSS saíram de 2,5% do PIB em 1988 para 8% hoje. Com a nova lei e o envelhecimento da população, não pararão de aumentar. Quanto mais dinheiro for destinado à Previdência e à Assistência Social, menos sobrará para saúde, educação, segurança pública, infraestrutura ou ciência e tecnologia — investimentos capazes de alavancar a economia e beneficiar a renda e o bem-estar dos brasileiros", diz o jornal.

O parlamentar destaca que o texto esquece de mencionar os valores bilionários gastos pelo governo federal no último ano com o pagamento de juros da dívida pública, em razão da alta taxa de juros mantida pelo presidente do Banco Central nomeado por Jair Bolsonaro (PL), Roberto Campos Neto. "O argumento é que é um tiro no pé das contas públicas. O engraçado é que eles não falam nada dos 700 bilhões que gastamos em 2023 pela política de juros do queridinho do jornal, Roberto Campos Neto. O problema é o dinheiro gasto com os pobres, aposentados que recebem até um salário mínimo. Esse editorial é uma vergonha!". >>> Gleisi rebate editorial do Estadão: "gostem ou não, Lula representa a vontade popular expressada nas urnas"

Lindbergh ainda ressaltou que a valorização do salário mínimo garante "uma enorme ascensão social e um crescimento econômico robusto". "Lembro de um estudo do IPEA que procurava entender como o Brasil em poucos anos tinha criado um gigantesco mercado de consumo de massas atraindo uma parcela enorme da população que estava completamente excluída. Sabe qual foi o resultado? A principal causa daquele crescimento não foi o Bolsa Família, foi o papel do aumento do salário mínimo na previdência social. Esse dinheiro que chega nos aposentados volta totalmente para a economia em compra de remédios, alimentação".

O deputado também criticou o "ranço anti-povo presente no editorial". "Chegam a tratar um aposentado que ganha um salário mínimo como privilegiados que pertencem a uma 'classe intermediária'. O tempo passa e não mudam. São as velhas elites com a cabeça escravocrata que Darcy Ribeiro denunciava".

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