Guedes é alvo de críticas no Twitter após entregar reforma favorável aos bancos
Hashtag #TchauGuedes liderou os assuntos mais comentados nas redes sociais depois da divulgação do conteúdo da reforma tributária levada ao Congresso nesta terça
247 - A proposta de “reforma” tributária do ministro da Economia, Paulo Guedes, que foi enviada ao Congresso na terça-feira, 21, prevê diminuição dos impostos para bancos e mantém isenção dos templos. Também favorece os latifúndios. Com isso, a hashtag #TchauGuedes, pedindo sua saída do governo, liderou os assuntos mais comentados nas redes sociais nesta quarta-feira, 22. Confira:
Entenda a proposta
O ministro da Economia, Paulo Guedes, entregou nesta terça-feira (21) ao Congresso Nacional uma proposta do governo federal com parte da reforma tributária estudada pela área econômica. O projeto foi entregue aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
O setor financeiro será beneficiado com alíquota menor da nova Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS) proposta pela equipe econômica.
O projeto apresentado nesta terça-feira (21) pelo ministro da Economia, Paulo Guedes ao Congresso prevê uma cobrança de 12% sobre produtos e serviços, e uma alíquota de menos da metade (5,9%) para bancos.
Receitas não operacionais – como dividendos (pagamento que os acionistas de uma empresa recebem pelo lucro gerado), rendimentos de aplicações financeiras e juros sobre capital próprio - não serão atingidas pelo novo tributo que deve substituir PIS/Cofins.
Os templos religiosos e empresas que não realizam atividade econômica ficarão isentos. As entidades beneficentes continuam imunes à tributação e também não será cobrada CBS sobre as receitas recebidas do SUS por hospitais particulares.
Segundo anunciado pelo ministério, essa primeira proposta trata apenas da unificação de PIS e Cofins, os dois tributos federais sobre o consumo. Temas mais complexos, como a inclusão de tributos estaduais nesse imposto único, mudanças no Imposto de Renda e alteração da carga tributária devem ficar para uma segunda fase, ainda sem data para ser protocolada.
Alcolumbre afirmou que a proposta do governo federal para a reforma tributária será aperfeiçoada no Congresso. Segundo ele, as mudanças serão discutidas na comissão mista formada por deputados e senadores no Legislativo.
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