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    Imprensa de todo o mundo registra repúdio à agressão de Bolsonaro a Bachelet

    O ataque de Jair Bolsonaro à ex-presidenta do Chile Michelle Bachelet repercute fortemente no exterior. O jornal inglês The Guardian destaca que ocupante do Planalto insulta a chefe de direitos humanos da ONU ao lembrar da tortura do pai dela. Declaração de Bolsonaro pegou mal em países como Argentina, Chile, México, Alemanha, Espanha e Colômbia. Foi reproduzida nas principais agências de notícias internacionais

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    247 - O ataque de Jair Bolsonaro à ex-presidenta do Chile Michelle Bachelet repercute fortemente na imprensa internacional. O jornal inglês The Guardian destaca em manchete que ocupante do Planalto insulta a chefe de direitos humanos da ONU ao lembrar da tortura do pai dela pelo regime de Pinochet. Michelle, Alta Comissária da ONU para direitos humanos, havia apontado 'encolhimento da democracia' no Brasil, em referência aos assassinatos cometidos pela polícia. 

    Na publicação inglesa, o correspondente Dom Phillips reporta as declarações de Bolsonaro, para quem, sem o ditador, “o Chile hoje seria uma Cuba”. 

    Os argentinos Clarín, La Nación e Página 12 também dão destaque às críticas de Bolsonaro, à nota de solidariedade de Lula a Bachelet e ao rechaço do presidente Sebastian Piñera. 

    Na imprensa chilena, jornal La Tercera reproduziu despachos das agências internacionais de notícias e estampou na edição de hoje a posição do Itamaraty, que reafirmou as críticas, mas sem mencionar o ataque de Bolsonaro.

    Bolsonaro criticou Michelle Bachelet, após ela apontar "encolhimento do espaço democrático no Brasil". No Facebook, o ocupante do Planalto postou: “Diz [referindo-se a Bachelet} ainda que o Brasil perde espaço democrático, mas se esquece que seu país só não é uma Cuba graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973, entre esses comunistas o seu pai brigadeiro à época”. 

    Agências

    Material da agência espanhola EFE destaca a frase de Bolsonaro a Bachelet: “Se não fosse por Pinochet, Chile hoje seria uma Cuba”.  A matéria destaca que o brasileiro a acusou de defender “vagabundos” e a atacou pessoalmente ao mencionar a morte do pai. O texto é replicado em 38 mil veículos estrangeiros de língua hispânica, incluindo Clarin (Argentina), El Mostrador (Chile), La Vanguardia e El Universal (México), El Espectador (Colômbia), ABC (Espanha), e o serviço em espanhol da BBC.

    Em outra matéria, a EFE diz que o ex-secretário-geral da OEA José Miguel Insulza criticou Bolsonaro e chamou o brasileiro de “vergonha”. “(Bolsonaro) é uma vergonha para o Brasil e para a região, mas acredito que não há muito o que fazer, senão protestar”, disse Insulza. 

    Despacho da Reuters fala em “atrito” do Chile com o Brasil. Reproduzido em mais de 2,2 mil sites noticiosos em todo o mundo, incluindo veículos influentes como Huffington Global e o Daily Mail, o texto diz que Bolsonaro reagiu “furiosamente” aos comentários de Bachelet, provocando irritação no Chile, que se assustou com o tom e ataque pessoal à ex-presidenta. Despacho da France Presse também reporta que Bolsonaro atacou Bachelet e pediu desculpas por Pinochet. Segundo a agência francesa, ele a acusou de defender “bandidos”.

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