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"Jornal Nacional mostrou suas garras contra Lula para defender o posicionamento estadunidense", diz Florestan

Jornalista saiu em defesa dos novos passos da política externa brasileira e do posicionamento do presidente Lula em relação à guerra na Ucrânia

Florestan Fernandes Júnior, William Bonner, Renata Vasconcellos e Lula (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reprodução/TV Globo | Reuters/Ueslei Marcelino)

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247 - O jornalista Florestan Fernandes Júnior, diretor de Redação do Brasil 247, alertou nesta terça-feira (18) durante o Bom Dia 247 que a imprensa corporativa brasileira, subserviente aos Estados Unidos, partiu para o ataque contra o presidente Lula (PT) após a viagem do mandatário à China - onde criticou o dólar - e sua agenda com o chanceler russo, Sergey Lavrov, em Brasília nesta segunda-feira (17). "Ontem o Jornal Nacional mostrou suas garras. Foi um noticiário pesado contra a posição do Lula - factual, mas sempre pendendo ao posicionamento norte-americano, querendo criar um clima de insegurança, de intranquilidade, que o 'Lula avançou o sinal'. E aproveitou para colocar também matérias atacando - ou criticando - o Movimento Sem Terra. Ou seja, atacou nos dois flancos".

Florestan saiu em defesa dos novos passos da política externa brasileira e também deu razão ao mandatário em sua crítica aos Estados Unidos pela guerra na Ucrânia. "O Lula foi no limite para dizer, 'olha, sou a favor da paz, e por ser a favor da paz não posso ter um lado'. Como é que você vai defender a paz estando de um dos lados? Se há um conflito e você quer ser mediador do conflito, você tem que dizer 'essa guerra tem que parar, e para parar tem que parar de mandar armas e munição para a Ucrânia'. Os Estados Unidos já enviaram para a Ucrânia armamentos que somam US$ 80 bilhões. Ou seja, o que está em jogo são realmente os interesses financeiros da indústria bélica norte-americana, mais uma vez".

O jornalista também elogiou a diplomacia do Brasil por buscar se aproximar da China, que tem hoje, segundo Florestan, muito mais influência global do que os estadunidenses. "A diplomacia brasileira é muito melhor que a diplomacia norte-americana, que está levando um baile dos chineses. Se os americanos têm mais de 500 bases militares e a China só tem uma, ela está conseguindo estabelecer relações econômicas fortes com quase todo o planeta. E o governo norte-americano só ficou preocupado com o Brasil e não com a Arábia Saudita, com os Emirádos Árabes, que são ligados a eles mas estão fechando negócios em moeda da China com os chineses. Os chineses hoje têm uma importância muito maior no planeta do que os Estados Unidos, que estão definhando. Não é à toa que o governo americano se movimenta contra o posicionamento do Brasil".

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