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    Judiciário paulista amplia censura contra Breno Altman, a pedido da Conib

    Jornalista, que é de família judia, alega que pedido da Conib se baseia em ‘mentirosa associação entre antissionismo e antissemitismo’

    Breno Altman | Faixa de Gaza bombardeada | Livro Contra o sionismo (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa | Divulgação)

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    Do Opera Mundi – Em decisão proferida nesta terça-feira (26/12), a 2ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, ordenou que o jornalista Breno Altman, fundador de Opera Mundi, apague cinco postagens suas na rede social X (antigo Twitter), atendendo pedido da Confederação Israelita do Brasil (Conib).

    O documento assinado pelo desembargador Luiz Augusto de Salles Vieira considerou válida a alegação da Conib de que cinco das mensagens publicadas por Altman na rede social poderiam configurar “crime de injúria ou até eventual calúnia” contra a comunidade judaica.

    Nas publicações, o jornalista, que é de família judia, fazia críticas não ao judaísmo e sim contra o sionismo, ideologia que norteia o atual governo de Israel, liderado pelo premiê Benjamin Netanyahu.

    As publicações de Altman afirmam, entre outras coisas, que o sionismo impõe um regime racista e de apartheid aos palestinos que vivem no território que é controlado atualmente por Israel, opinião que é compartilhada por muitas outras figuras no Brasil e no mundo – muitas delas também de origem judia, como o filósofo norte-americano Noam Chomsky e o historiados israelense Illan Pappé.

    Vale destacar que o jornalista também é autor do livro Contra o Sionismo: retrato de uma doutrina colonial e racista, lançado este mês pela Editora Alameda, no qual ele aprofunda suas críticas ao regime sionista de Israel, abordando elementos históricos e políticos ligados ao tema, além de contestar a retórica que tenta confundir antissionismo e antissemitismo visando interditar críticas ao governo israelense.

    Decisões anteriores – Esta é a terceira vez que a Justiça de São Paulo toma decisões acatando pedidos da Conib contra os comentários críticos de Altman contra o sionismo.

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