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    Nassif denuncia 'tentativa de desmontar a Petrobras'

    Colunista Luis Nassif cita o editorial do jornal O Globo de terça-feira e diz que o interesse maior da publicação dos irmãos Marinho “não é o de punir malfeitos, prender corruptos e corruptores: é mudar o sistema de partilha do pré-sal”; ‘A Petrobras agora é vítima da oposição e da velha mídia, valendo-se do álibi da corrupção para bancar campanhas pouco nítidas para seus patrocinadores’

    Colunista Luis Nassif cita o editorial do jornal O Globo de terça-feira e diz que o interesse maior da publicação dos irmãos Marinho “não é o de punir malfeitos, prender corruptos e corruptores: é mudar o sistema de partilha do pré-sal”; ‘A Petrobras agora é vítima da oposição e da velha mídia, valendo-se do álibi da corrupção para bancar campanhas pouco nítidas para seus patrocinadores’ (Foto: Roberta Namour)
    Roberta Namour avatar
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    247 – O colunista Luis Nassif, em post no Jornal GGN, denuncia a ‘tentativa de desmontar a Petrobras’ da oposição e da ‘velha mídia’. Ele cita o editorial do jornal O Globo de terça-feira e diz que o interesse maior da publicação dos irmãos Marinho “não é o de punir malfeitos, prender corruptos e corruptores: é mudar o sistema de partilha do pré-sal”.

    Leia o texto de Nassif:

    A tentativa de desmontar a Petrobras

    O editorial do jornal O Globo de ontem é claro. O interesse maior não é o de punir malfeitos, prender corruptos e corruptores: é mudar o sistema de partilha do pré-sal. Trata-se de uma bandeira profundamente rentável, a julgar pelo afinco com que veículos se dedicam a ela.

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    A geopolítica do petróleo não é uma mera teoria da conspiração: é um dado da realidade, por trás dos grandes movimentos políticos do século, especialmente em países que definiram modelos autônomos de exploração do petróleo. E as mídias nacionais sempre tiveram papel relevante, não propriamente por convicções liberais e internacionalistas.

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    Para o editorial, o Globo certamente teve o auxílio do ectoplasma de algum editorialista dos anos 50. Os bordões são os mesmos: "O PT, ao reagir ao petrolão, ressuscita um discurso da década de 50 e recoloca o Brasil na situação de antes da assinatura dos contratos de risco, no governo Geisel: o petróleo era “nosso”, mas continuava debaixo da terra. Agora, do mar".

    Valia nos anos 50, antes que a Petrobras conseguisse sucesso nas suas prospecções. É uma piada em 2015, quando a empresa consegue extrair 700 mil barris diários do pré-sal. Aliás, é o segundo erro do jornal. O primeiro é supor que a Petrobras ou o sistema de exploração do petróleo é bandeira do PT.

    Trata-se de um pilar de política industrial e social que vai muito além dos jogos partidários.

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    As propinas pagas são caso de polícia. Corruptores e corrompidos precisam ser identificados, processados e presos. Pretender atribuir a corrupção à empresa ou ao modelo de exploração do pré-sal é malandragem política.

    Diz o editorial: "Se a Petrobras, em condições normais, já tinha dificuldades para tocar esse plano de pedigree “Brasil Grande”, agora é incapaz de mantê-lo. Não tem caixa nem crédito para isso. Não há como sustentar o modelo".

    A empresa enfrenta problemas momentâneos de caixa, que poderão ser resolvidos com desmobilizações, com a entrada em operação de vários dos investimentos e assim que houver um mínimo de competência política do governo, para deslindar o novelo policial-financeiro criado pela Lava Jato.

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    Ao longo das últimas décadas, os avanços proporcionados pela Petrobras foram muito além da atividade principal, de tirar petróleo. Hoje em dia, a prospecção em águas profundas é a única tecnologia global na qual o país se destaca, ao lado da aeronáutica.

    A política de conteúdo nacional fortaleceu toda uma cadeia de fabricantes de máquinas e equipamentos. O transporte de combustíveis e as plataformas permitiram recriar a indústria naval. A pesquisa brasileira avançou uma enormidade através das pesquisas em rede com as principais universidades nacionais.

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    Nos últimos anos, a Petrobras foi vítima de três atentados. Do PT, ao permitir e ampliar a permanência de esquemas de financiamento de campanha, destruindo os sistemas internos de controle da empresa. Do governo Dilma, ao conferir responsabilidades inéditas à empresa e, ao mesmo, tirar-lhe o oxigênio com os sub-reajustes tarifários. E, agora, da oposição e da velha mídia, valendo-se do álibi da corrupção para bancar campanhas pouco nítidas para seus patrocinadores.

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