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    Nassif diz que Fux e Deltan cometeram crimes e seriam afastadas em países civilizados

    "Fux presidia o Tribunal Superior Eleitoral (TSE); Deltan Dallagnol é o coordenador da Lava Jato. Portanto, ambos estavam em condições de interferir diretamente no destino de Lula e, por consequência, nas perspectivas de lucros do seleto público", diz o jornalista Luis Nassif, ao comentar as palestras remuneradas que ambos fizeram para banqueiros reunidos pela XP

    (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

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    247 – O jornalista Luis Nassif afirma que o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, e o procurador Deltan Dallagnol, chefe da Lava Jato, cometeram crimes ao vender informações privilegiadas a um grupo de banqueiros reunidos pela corretora XP, lembrando que ambos agiram para determinar o resultado da eleição, ao tomar decisões para vetar a presença do favorito – Luiz Inácio Lula da Silva – e abir espaço para a ascensão da extrema-direita no Brasil.

    "Foi um encontro fechado com bancos estrangeiros com interesses diretos nas eleições. Eles buscavam informações principalmente sobre as eleições. E as informações privilegiadas – porque em ambiente fechado – lhes dariam vantagens sobre os demais integrantes do mercado. Esse tipo de vazamento é considerado “insider information” no mercado de capitais e tratado como crime. Quando o insider é um servidor público, que recebe por isso, há agravantes para o crime", diz Nassif, em artigo no GGN. "Por exemplo, saber quais ações estavam sendo preparadas para impedir a candidatura de Lula permitiria aos mais bem informados lucros expressivos, já que privatizações, grandes negócios com pré-sal e ativos da Petrobras, Eletrobras, dependiam da derrota de Lula nas eleições."

    Mas há agravantes mais graves ainda, aponta Nassif. "Fux presidia o Tribunal Superior Eleitoral (TSE); Deltan Dallagnol é o coordenador da Lava Jato. Portanto, ambos estavam em condições de interferir diretamente no destino de Lula e, por consequência, nas perspectivas de lucros do seleto público. Entra-se, então, em um território mais espinhoso ainda, que permite levantar suspeitas mais graves. Fux interferiu diretamente no jogo político, com um habeas corpus extravagante que impediu a libertação provisória de Lula. Também proibiu entrevistas para a imprensa antes das eleições. Deltan atuou todos os momentos para buscar a condenação de Lula, sendo comandado por Sérgio Moro. E ambos eram regiamente remunerados por bancos com interesse direto no impedimento de Lula. Em país civilizado, ambos seriam imediatamente denunciados e responderiam a processos.

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