Ombudsman: Folha prefere Alckmin a Haddad
Jornalista Vera Guimarães Martins compara o tratamento dedicado à Folha aos aumentos do IPTU (municipal) e da água (estadual); segundo ela, o jornal acertou ao dar mais espaço ao aumento determinado por Fernando Haddad do que àquele decidido pelo governo de Geraldo Alckmin; "Dar às duas notícias o mesmo destaque seria tratar igualmente assuntos com pesos diferentes. A conta de água subiu 6,5%, índice que segue o diapasão inflacionário. O aumento do IPTU será variável, mas bem mais expressivo: até 15% para residências e até 30% para imóveis comerciais em 2015"
247 - Questionada por um eleitor sobre o tratamento dedicado pela Folha aos aumentos do IPTU e da água, a ombudsman Vera Guimarães Martins defendeu a postura do jornal, que criticou Fernando Haddad, mas não Geraldo Alckmin.
"Quando tucanos e petistas estão no jogo, as coisas mudam de figura. "Gostaria de entender por que a Folha não dá ao aumento da Sabesp o mesmo tratamento dedicado ao IPTU. Somente aqueles relacionados ao PT merecem o devido destaque?", escreveu um leitor. Aqui a cobrança é indevida. Dar às duas notícias o mesmo destaque seria tratar igualmente assuntos com pesos diferentes", diz ela (leia aqui sua coluna).
"A conta de água subiu 6,5%, índice que segue o diapasão inflacionário. O aumento do IPTU será variável, mas bem mais expressivo: até 15% para residências e até 30% para imóveis comerciais em 2015. Além disso, vai se repetir em 2016 e 2017, com tetos menores (até 10% e até 15%, respectivamente). Sem juízo de valor e acima de picuinhas partidárias, é indiscutível que esses aumentos reais e sucessivos terão muito mais impacto no bolso dos paulistanos."
"Pode-se argumentar que a política da prefeitura é correta, porque houve valorização imobiliária significativa nos últimos anos, e o imposto não sobe desde 2009 – e isso também é irrefutável. Pode-se arguir que a medida vai promover maior justiça fiscal, porque a taxação será mais onerosa para os imóveis mais caros, outra tese defensável, mas a ser conferida quando chegarem os carnês. Essas premissas podem até justificar política e administrativamente a mordida mais forte, mas o critério jornalístico deve buscar o interesse do leitorado, incluindo a maioria silenciosa que paga a conta. Para essa, o IPTU é mais notícia."
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: