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Perfis nas redes massacram o chanceler Israel Katz por declarações contra Lula: 'não é diplomacia, mas sim truculência'

O ministro israelense fez cobranças ao chefe de Estado brasileiro por condenar o genocídio contra palestinos

Israel Katz (Foto: Reuters)

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247 - Internautas massacraram o chanceler Israel Katz, ministro das Relações Exteriores israelenses, por cobrar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) um pedido de desculpas após o chefe de Estado brasileiro condenar o genocídio na Faixa de Gaza, onde cerca de 30 mil palestinos morreram desde o dia 7 de outubro.

Na avaliação do jornalista Reinaldo Azevedo, "o que se lê na mensagem de Katz não é linguagem diplomática, mas exercício da truculência pura e simples. Assume o lugar da vítima e do ofendido para poder ser brutal". "A propósito: nos ataques a Gaza, há alguma preocupação com crianças, mulheres e idosos? Ou aquelas são 'não pessoas'? Não é porque o Holocausto existiu — e não deve ser banlizado por ninguém — que todo o resto passa a ser permitido".

De acordo com o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, o chanceler de Israel "distribui conteúdo falso atribuindo ao Presidente @LulaOficial opiniões que jamais foram ditas por ele". "Em nenhum momento o presidente fez críticas ao povo judeu, tampouco negou o holocausto. Lula condena o massacre da população civil de Gaza promovido pelo governo de extrema-direita de @netanyahu, que já matou mais de 30 mil palestinos, entre eles, 10 mil crianças", afirmou. 

"Desde o primeiro dia, o presidente Lula condenou como terroristas os ataques do Hamas contra o povo de Israel. Durante a presidência do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil apresentou uma resolução de imediato cessar-fogo, comprovando o compromisso do país com a paz na região. Historicamente o Presidente Lula defende a coexistência de dois Estados como solução definitiva para o conflito entre Israel e Palestina", disse. 

"O Governo Netanyahu se nutre da guerra para se manter no poder. A maioria da população israelense rejeita a política extremista do governo e a comunidade internacional cobra o fim dos ataques em Gaza. Isolado, o governo de Israel adota prática da extrema-direita e aposta em Fake News para tentar se reafirmar interna e internacionalmente".

Outro internauta afirmou que o "chanceler de israel quis constranger o governo brasileiro anunciando midiaticamente que chamaria o embaixador do Brasil em israel para uma reprimenda". "Ainda disse que Lula é persona non grata no país. Achou que, com isso, Lula recuaria de suas certeiras  palavras. Ventriloucos".

Neste domingo (18), o presidente Lula comparou o genocídio em Gaza com o extermínio de judeus realizado por Adolf Hitler na Alemanha nazista. "O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus", disse o chefe de Estado a jornalistas em Adis Abeba, na Etiópia.

No sábado (17), Lula afirmou que a solução definitiva para a guerra na Faixa de Gaza vai ocorrer "se avançarmos rapidamente na criação de um Estado palestino". "Ser humanista hoje implica condenar os ataques perpetrados pelo Hamas contra civis israelenses, e demandar a liberação imediata de todos os reféns. Ser humanista impõe igualmente o rechaço à resposta desproporcional de Israel, que vitimou quase 30 mil palestinos em Gaza – em sua ampla maioria mulheres e crianças – e provocou o deslocamento forçado de mais de 80% da população".

 

 

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