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Quando uma manchete distorce a realidade

Segundo o jornal O Globo, dos irmãos Marinho, o "governo investiga delegados da Lava-Jato por apoio a Aécio"; título da reportagem é uma clara tentativa de insinuar perseguição política de um governo que estaria dando mais um passo rumo ao "bolivarianismo"; no entanto, eis o que disse ontem o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ao enviar o caso à corregedoria da Polícia Federal: "É importante dizer que, se por um lado os delegados têm todo o direito de se manifestar a favor do candidato A, B, C ou D, contra partido Y, contra partido Z, de outro lado, quem conduz uma investigação deve ser absolutamente imparcial, até para que não traga nulidade ao processo"

Segundo o jornal O Globo, dos irmãos Marinho, o "governo investiga delegados da Lava-Jato por apoio a Aécio"; título da reportagem é uma clara tentativa de insinuar perseguição política de um governo que estaria dando mais um passo rumo ao "bolivarianismo"; no entanto, eis o que disse ontem o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ao enviar o caso à corregedoria da Polícia Federal: "É importante dizer que, se por um lado os delegados têm todo o direito de se manifestar a favor do candidato A, B, C ou D, contra partido Y, contra partido Z, de outro lado, quem conduz uma investigação deve ser absolutamente imparcial, até para que não traga nulidade ao processo" (Foto: Leonardo Attuch)

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247 - No universo paralelo do jornal O Globo, dos irmãos Marinho, o governo Dilma agora persegue delegados que votaram na oposição. É o que sinaliza a manchete "governo investiga delegados da Lava-Jato por apoio a Aécio", publicada na edição desta sexta-feira.

A manchete é um exemplo claro de tentativa de distorção da realidade. Ontem, ao anunciar a abertura de um processo de disciplinar contra os delegados, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, explicou suas motivações. "É importante dizer que, se por um lado os delegados têm todo o direito de se manifestar a favor do candidato A, B, C ou D, contra partido Y, contra partido Z, de outro lado, quem conduz uma investigação deve ser absolutamente imparcial, até para que não traga nulidade ao processo".

Desnecessário dizer que os delegados que conduzem as investigações foram no mínimo imprudentes ao classificar o ex-presidente Lula como "anta", ao ofender a presidente Dilma Rousseff e, também, ao distribuir material de campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Como disse Cardozo, a percepção de que os policiais agiram motivados politicamente poderá até, no limite, colocar em xeque a lisura e a credibilidade das investigações, prejudicando a imagem da própria Polícia Federal.

Na instituição, o código disciplinar é claro e veda condutas como as que foram adotadas pelos policiais em seu artigo 364, que define transgressões disciplinares da seguinte maneira:

- referir-se de modo depreciativo às autoridades e atos da Administração pública, qualquer que seja o meio empregado para êsse fim.

II - divulgar, através da imprensa escrita, falada ou televisionada, fatos ocorridos na repartição, propiciar-lhe a divulgação, bem como referir-se desrespeitosa e depreciativamente às autoridades e atos da Administração;

III - promover manifestação contra atos da Administração ou movimentos de apreço ou desapreço a quaisquer autoridades.

No Globo, no entanto, a imagem que agora se tenta criar é a de um governo que estaria dando mais um passo rumo ao "bolivarianismo", ao supostamente perseguir servidores públicos não alinhados.

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