Sakamoto: tratar pedaço de Pedro 1º como chefe de Estado é um vexame
O jornalista destacou que embaixadores discordaram da iniciativa do governo Bolsonaro de "tratar um pedaço do corpo de seu falecido imperador com honras de chefe de Estado"
247 - Em sua coluna publicada nesta segunda-feira (22) no portal Uol, o jornalista Leonardo Sakamoto afirma que o "Brasil passa vergonha por tratar um pedaço do corpo de seu falecido imperador com honras de chefe de Estado, como se ele estivesse vivo". "Essa é a avaliação de experientes embaixadores e ministros do Ministério das Relações Exteriores ouvidos pela coluna em condição de anonimato. O Itamaraty afirmou, em nota à imprensa, que fará um evento para o coração no formol de Pedro 1º com a presença de representantes de outros países", continua.
Segundo a coluna de Sakamoto, o Ministério das Relações Exteriores informou, em nota, que "amanhã, dia 23 de agosto, o coração será recebido no Palácio do Planalto e, em seguida, haverá cerimônia, no Palácio Itamaraty, com a presença do corpo diplomático estrangeiro".
O jornalista afirma que, "mesmo com o toque de Idade Média que a campanha eleitoral vem ganhando nas últimas semanas, tratada como guerra santa e cruzada pelo presidente e parte seus aliados e seguidores, ainda soa distópico o Brasil de 2022 tratar uma relíquia, um pedaço do corpo de um personagem histórico, como um chefe de Estado". "Isso sem contar os altos custos que o deslocamento disso impõe em um momento em que o país deveria ter outras prioridades".
Leia a íntegra no Blog do Sakamoto
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