"Uma plataforma pública e amplamente inclusiva é crucial para o futuro da civilização", diz Elon Musk sobre Twitter

247 - O mega-bilionário Elon Musk, CEO da SpaceX e da Tesla que quer comprar a rede social Twitter, reiterou seu apoio à causa da liberdade de expressão.

O homem mais rico do mundo, em entrevista à plataforma TED, disse que seus planos não se resumem a objetivos financeiros. 

“Meu forte senso intuitivo é que ter uma plataforma pública que seja extremamente confiável e amplamente inclusiva é extremamente importante para o futuro da civilização”, disse Musk. “Não me importo nem um pouco com a economia”.

Musk defendeu uma política de moderação de conteúdo para a rede social que não envolva a censura de opiniões divergentes ao mainstream. 

“Em caso de dúvida, deixe o discurso existir”, disse Musk. “Se é uma área cinzenta, eu diria, deixe o tweet existir”.

“Mas em um caso em que talvez haja muita controvérsia, você não necessariamente gostaria de promover esse tuíte”.

“Não estou dizendo que tenho todas as respostas aqui”, continuou. “Mas acho que queremos ser muito relutantes em excluir coisas e ser muito cautelosos com banimentos permanentes. Tempo limitado, eu acho, é melhor que banimento permanente”.

“Um bom sinal para saber se há liberdade de expressão é que alguém que você não gosta pode dizer algo que você não gosta. Se for esse o caso, então temos liberdade de expressão”.

“E é muito chato, quando alguém que você não gosta diz algo que você não gosta. Isso é um sinal de uma situação saudável, funcional e de liberdade de expressão”.

As declarações de Musk ecoam as feitas na carta em que ofereceu a compra do Twitter. No documento, ele diz que acredita que “a liberdade de expressão é um imperativo social para uma democracia em funcionamento”, mas que o Twitter “não prosperará nem servirá a esse imperativo social em sua forma atual”.

A tentativa de Musk ocasionou a histeria de meios de comunicação liberais, como observou o jornalista Glenn Greenwald. Comentaristas nestes veículos expressam uma preocupação com um bilionário obter o controle de uma plataforma significativa como o Twitter.

"A ideia implícita em todas essas expressões de histeria é que Google, Facebook e Jeff Bezos são extremamente responsáveis ​​e nobres administradores de nossas plataformas de notícias e mídia, e, portanto, é uma grave ameaça se alguém além desses benevolentes oligarcas da censura puder dizer algo", criticou o jornalista.

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