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UOL debocha do brasileiro e questiona se 'é certo dizer que a gasolina está mais cara do que no governo Dilma'

Mídia corporativa tenta justificar a política de reajuste de preços da Petrobrás que dolarizou a gasolina

Dilma, Bolsonaro e gasolina (Foto: Agência Brasil)

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247 - A escalada nos preços dos combustíveis no Brasil tem movido veículos da mídia corporativa a reportagens que tentam romantizar a pobreza e a miséria do povo ou justificar a política de reajuste de preços da Petrobrás. 

Nesta terça-feira (22), o portal UOL publicou reportagem em que questionou o leitor se é correto comparar o preço da gasolina vendida no governo da ex-presidenta Dilma Rousseff com os preços praticados pela Petrobrás no governo de Jair Bolsonaro. A reportagem argumenta que, embora o aumento nos preços da gasolina tenha superado a alta da inflação no Brasil desde 2016, o petróleo também ficou muito mais caro no mercado internacional desde então. 

"Proporcionalmente, quem ganha um salário mínimo em 2022 também está gastando mais com gasolina do que quem recebia o piso nacional em 2016. Hoje, para encher um tanque de 50 litros — capacidade de boa parte dos carros de entrada à venda no Brasil —, o consumidor gasta R$ 330, em média, segundo valores levantados em fevereiro pela ANP. Essa quantia corresponde a 27,23% do salário mínimo atual, que está em R$ 1.212. Já em março de 2016, considerando o pico do preço do litro da gasolina (R$ 3,73), era possível encher o mesmo tanque com R$ 186,50 — ou 21,19% do salário mínimo da época (R$ 880)", diz o texto. 

Há uma semana, o UOL usou estudos sobre novas energias como se fossem realidade de mercado para defender geração alternativa de energia. Citando exemplo de chocolate, bacon, esgoto e água do mar, a reportagem fala sobre novas ideias que podem substituir os combustíveis, após a Petrobras realizar um aumento de 24,9% no diesel, 16% no gás de cozinha e 18,7% na gasolina. 

Em entrevista à TV 247, a ex-presidenta Dilma Rousseff explica a mudança na política de preços da Petrobrás, que atualmente é voltada para distribuir lucros aos acionistas, e sobre o aumento nos preços. "No dia 12 de março de 2016, o dia em que saí, a gasolina era R$ 2,95", recorda Dilma. 

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