HOME > Mundo

2023 já é o ano mais mortal registrado para os palestinos na Cisjordânia ocupada, diz enviado da ONU

O enviado da ONU para o Oriente Médio, Tor Wennesland, afirmou que mais de 200 palestinos foram mortos na Cisjordânia ocupada este ano

(Foto: Issam Rimawi/Agência Anadolu)

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Peoples DispatchO enviado da ONU para o Oriente Médio, Tor Wennesland, informou ao Conselho de Segurança da ONU em uma reunião especial na segunda-feira, 21 de agosto, que as forças de ocupação israelenses mataram mais de 200 palestinos na Cisjordânia ocupada este ano, ultrapassando o número total de mortes do ano passado (167). O número de mortes deste ano já é o mais alto desde 2005, observou Wennesland.

O enviado da ONU culpou as "ações unilaterais" de Israel, incluindo a expansão dos assentamentos, a demolição de casas e outras estruturas palestinas, e a violência de colonos, como as principais razões para o aumento drástico no número de mortes nos territórios palestinos ocupados.

A violência estatal israelense contra os palestinos aumentou consideravelmente nos últimos anos. As forças de segurança israelenses também realizaram incursões quase diárias em localidades palestinas, com aumento na demolição de casas palestinas e outras estruturas, incluindo escolas. Eles também permitiram repetidamente que colonos ilegais extremistas realizassem ataques dentro das localidades palestinas sob forte cobertura de segurança.

Na terça-feira, as forças de ocupação israelenses mataram outro adolescente palestino durante uma incursão na cidade de al-Zababdeh, perto de Jenin, na Cisjordânia ocupada. O adolescente de 17 anos, Othman Atef Abu Kharj, morreu em um hospital em Jenin após ser baleado pelas forças israelenses, informou a Wafa.

Alguns grupos palestinos tentaram confrontar as forças de segurança israelenses e retaliaram contra as tentativas de deslocamento forçado dos palestinos pela ocupação. Wennesland observou que cerca de 30 israelenses foram mortos este ano em tais ações palestinas.

O representante russo, Dmitry Polyanskiy, enfatizou que "a estagnação de longo prazo no processo de paz do Oriente Médio é agravada pelas ações unilaterais ilegais de Israel, que criam fatos irreversíveis no terreno".

Wennesland destacou: "Enquanto nos concentramos urgentemente nas questões mais críticas e na desescalada da situação no terreno, não podemos ignorar a necessidade de restaurar um horizonte político".

Ele também observou a situação financeira precária da maioria das instituições palestinas, como a Autoridade Palestina (AP), que tem um déficit projetado de mais de 370 milhões de dólares este ano. A situação das agências da ONU, como a Agência de Socorro e Trabalho das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA), é semelhante, ameaçando a segurança alimentar de centenas de milhares de refugiados palestinos nos territórios ocupados.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: