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    "A expulsão de Israel da nossa terra é inevitável", afirma dirigente do Hamas

    O chefe do Birô Político do Movimento de Resistência Islâmica Palestina (HAMAS), Ismail Haniye, analisa aspectos cruciais da luta do povo palestino contra a ocupação

    Líder do Hamas, Ismail Haniyeh ; Foto: REUTERS/Mohammed Salem (Foto: Paulo Emílio)

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    247 - O chefe político do movimento HAMAS, no aniversário do Dia da Nakba, considerou “inevitável” a expulsão de Israel de todos os territórios palestinianos, informa o canal iraniano HispanTV.

    A “expulsão de Israel da nossa terra é uma inevitabilidade do Alcorão e uma verdade histórica”, disse o chefe do Birô Político do Movimento de Resistência Islâmica Palestina (HAMAS), Ismail Haniye, na quarta-feira (15), num discurso por ocasião do 76º aniversário do Dia da Nakba, que significa "catástrofe" e marca o deslocamento massivo em 1948 de mais de 750 mil palestinos de suas terras para estabelecer ali o regime israelense ilegal.

    “Eles pretendiam que a Nakba destruísse o povo palestino e pusesse fim à sua causa sagrada […] No entanto, a causa palestina permanece forte na consciência do nosso povo, da nossa nação e dos povos livres do mundo”, sublinhou.

    O líder palestino garantiu que a operação ‘Tempestade Al-Aqsa’, levada a cabo pelo HAMAS em 7 de outubro contra alvos israelenses, é um “prelúdio para a libertação e independência” da Palestina.

    Durante esta operação, acrescentou Haniye, os combatentes palestinos “atacaram as fortalezas do regime israelense”. 

    “Vimos as suas ações na tentativa de encobrir o seu fracasso e humilhação com massacres, assassinatos e tortura”, enfatizou, em referência à guerra genocida que o regime lançou após a ‘Tempestade de Al-Aqsa’ e que até agora matou mais de 35 mil palestinos, a maioria mulheres e crianças.

    “Dizemos que o HAMAS veio para ficar”, insistiu Haniye, rejeitando as alegações do regime israelita e dos seus apoiadores de que o movimento poderia ser expulso do governo de Gaza após a guerra em curso. 

    “O movimento continuará a trabalhar para frear esta agressão brutal por todos os meios possíveis”, sublinhou, acrescentando que “temos a certeza de que, por mais que demore, esta agressão será esmagada e eliminada do nosso solo”.

    O líder do HAMAS sublinhou que o governo de Gaza no pós-guerra será determinado apenas pelo movimento em associação com o consenso nacional.

    Haniye insistiu que qualquer acordo sobre a cessação da agressão israelense tem que garantir um cessar-fogo permanente e a retirada completa do regime de toda a Faixa de Gaza.

    Sublinhou que as negociações devem também incluir um acordo “genuíno” de troca de prisioneiros que garanta o regresso dos deslocados, prepare a reconstrução de Gaza e ao mesmo tempo permita o levantamento do bloqueio do regime israelita a Gaza.

    O dirigente do HAMAS observou que o movimento reagiu recentemente de forma positiva a uma oferta de cessar-fogo mediada pelo Egito e pelo Catar, que foi rejeitada pelo regime israelita.

    “O comportamento da ocupação face às diversas propostas confirma a sua intenção premeditada de continuar a agressão e a guerra, sem demonstrar preocupação pelos seus prisioneiros ou pelo seu destino”, alertou Haniye.

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