Anistia de Putin a Prigozhin não foi sinal de fraqueza, diz Korybko

247 – A oferta de anistia e exílio para Belarus cocnedida por Vladimir Putin ao líder do grupo Wagner não foi um sinal de fraqueza, como a mídia tradicional e alguns na comunidade de mídia alternativa afirmaram, mas prova de que o líder russo estava no controle total da situação e suficientemente poderoso para encerrá-la sem o derramamento de sangue que o Ocidente desejava, escreve o analista geopolítico Andrew Korybko, em seu Substack neste domingo.

A tentativa de golpe de Prigozhin nunca teve chances realistas de sucesso depois que o povo russo e sua elite se uniram em torno do Presidente Putin diante do desafio sem precedentes que o chefe da Wagner lhe impôs no fim de semana. O único vencedor em outra "Batalha de Moscou" seriam os inimigos existenciais do país, razão pela qual seu líder deu aos amotinados uma última chance de salvar suas vidas, indo para o exílio em Belarus, após o qual as acusações contra eles seriam retiradas, aponta o analista.

"Ao contrário do que a mídia tradicional e até mesmo alguns na comunidade de mídia alternativa estão divulgando sobre esse desfecho, não foi o Presidente Putin quem vacilou, mas Prigozhin. Não havia como os amotinados conseguirem romper as formidáveis defesas montadas ao redor de Moscou como parte do plano de contingência militar para tal cenário, muito menos manter a capital como novos governantes da Rússia. Eles sabiamente aceitaram esse acordo, provavelmente depois que Prigozhin percebeu que seus combatentes não estavam interessados em um golpe", acrescenta.

Korybko reitera que a oferta de anistia e exílio para Belarus não foi um sinal de fraqueza, mas prova de que o líder russo estava no controle total da situação e suficientemente poderoso para encerrá-la sem o derramamento de sangue que o Ocidente desejava."