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Após ato neonazista em Paris, França proibirá manifestações de extrema direita, anuncia ministro

Gérald Darmanin afirmou que instruiu prefeitos a emitir "ordens de proibição" sempre que ativistas da extrema direita solicitarem permissão para realizar manifestações

Manifestação neonazista em Paris no sábado (6) (Foto: Reprodução)

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247 - O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, anunciou nesta terça-feira (9) que o país irá proibir manifestações de grupos de extrema direita. Essa decisão foi tomada em meio à polêmica gerada por uma manifestação neonazista autorizada em Paris no último sábado, informa a agência de notícias AFP.

Darmanin afirmou que instruiu os prefeitos a emitirem "ordens de proibição" sempre que ativistas da extrema direita ou associações solicitarem permissão para realizar manifestações. Ele acrescentou que caberá aos tribunais decidir se a jurisprudência permite a realização desses tipos de manifestações.

No sábado, cerca de 600 ativistas do Comitê 9 de Maio realizaram uma manifestação em Paris, homenageando a morte do militante de extrema direita Sebastien Deyzieu, em 1994. Durante o evento, os manifestantes, vestidos de preto e muitas vezes mascarados, exibiram bandeiras pretas com a cruz celta, símbolo utilizado por supremacistas brancos, conforme relatado por um jornalista da AFP.

A primeira-ministra, Élisabeth Borne, considerou as imagens do evento "chocantes", mas argumentou que não havia motivo para proibi-lo por perturbação da ordem pública, defendendo o direito de manifestação. Já a oposição de esquerda demandou explicações do governo sobre a permissão dada a "500 neonazistas e fascistas" - nas palavras do senador socialista David Assouline - realizarem tal ato em Paris.

A repercussão negativa foi tamanha que até mesmo a líder de extrema direita Marine Le Pen classificou a manifestação como "inadmissível".

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