HOME > Mundo

Após promover acordo entre Irã e Arábia Saudita, China busca mediação entre Israel e Palestina

País asiático reforça sua atuação em diálogos de paz na região

O chanceler da China, Qin Gang (Foto: THOMAS PETER/REUTERS)

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Brasil de Fato - O ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, disse nesta segunda-feira (17) que a "China incentiva Israel e Palestina a mostrar coragem política e tomar medidas para retomar as negociações de paz."

Em um segundo movimento realizado pelo país para o estabelecimento de relações diplomáticas no Oriente Médio após Pequim mediar a reaproximação entre Irã e Arábia Saudita, Qin também afirmou que a China "está pronta para fornecer as condições para isso [a paz]."

Segundo informações do Ministério das Relações Exteriores chinês, Qin disse separadamente aos governos da Palestina e de Israel que a China quer contribuir de forma construtiva na elaboração de uma solução pacífica para os conflitos da região. O ministro ainda reforçou que o país apoia uma saída que esteja baseada no princípios dos dois Estados.

As negociações de paz mediadas pelos EUA para a paz entre Israel e Palestina estão paralisadas desde 2014 e tinham como horizonte instituir o Estado palestino na Cisjordânia, Jerusalém Oriental e na Faixa de Gaza - a última foi capturada por Israel durante a guerra de 1967, que culminou em uma série de conflitos árabes-israelenses envolvendo países como Egito, Síria e Jordânia.

Qin Gang propôs moderação e disse que ambas as partes deviam evitar "ações excessivas e provocativas. Nunca é tarde para fazer a coisa certa." No último 5 de Abril, a polícia israelense invadiu e expulsou palestinos da mesquita de Al-Aqsa e deixou dezenas de feridos.

O presidente chinês, Xi Jinping, lançou, neste ano, a Iniciativa de Segurança Global, um documento público sobre a posição que a China deve assumir na promoção da paz mundial. No material, estão contidas as orientações adotadas por Pequim no tema, que estão fundamentadas no argumento de que, para o país asiático, a questão da segurança é de interesse comum no sentido da construção da segurança global a longo prazo.

A posição chinesa foi refletida pelo seu chanceler. Qin afirmou que o caminho para a solução do conflito entre Israel e Palestina está na construção de uma "visão comum". O ministro afirma que "a China não tem interesses egoístas na questão Israel-Palestina e apenas espera que Israel e Palestina possam coexistir pacificamente e salvaguardar a estabilidade."

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: