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    Apostas são contra Brasil, mas rebaixada é a Europa

    País permanece sem ter alteração em suas notas de classificação de risco, mas é a União Europeia que perde uma letra A nos critérios da Standard & Poor’s; líderes do bloco econômico atacam agência; “Esses são os mesmos que acreditavam que tudo ia bem antes da crise financeira”, disse primeiro-ministro da Bélgica; presidente Dilma Rousseff mantém desafio: quem aposta contra o Brasil, perde

    País permanece sem ter alteração em suas notas de classificação de risco, mas é a União Europeia que perde uma letra A nos critérios da Standard & Poor’s; líderes do bloco econômico atacam agência; “Esses são os mesmos que acreditavam que tudo ia bem antes da crise financeira”, disse primeiro-ministro da Bélgica; presidente Dilma Rousseff mantém desafio: quem aposta contra o Brasil, perde (Foto: Felipe L. Goncalves)
    Felipe L. Goncalves avatar
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    247 – Nas últimas semanas, economistas que pertencem ao campo da oposição ao governo projetaram a iminência do rebaixamento das notas dadas ao Brasil pelas agências internacionais de classificação de risco. Até agora, porém, quem aposta na descida de degraus do País está perdendo: as avaliações sobre a economia brasileira se mantém inalteradas. Já na União Europeia...

    Enquanto por aqui se debatia a fragilidade ou não da economia nacional do ponto de vista das agências, foi a UE que apanhou da Standard & Poor’s. Na sexta-feira 20, a agência americana rebaixou de AAA para AA+ a principal nota do bloco econômico. "A credibilidade global em matéria de crédito dos 28 países da União Europeia (UE) declinou", registrou a S&P em comunicado, sob alegação de que as discussões orçamentárias entre os países membros estão cada vez mais árduas.

    A mudança para baixo foi acompanhada da avaliação de estabilidade, o que significa que a letra retirada não deverá ser devolvida tão cedo.

    Apesar de os países ricos terem eles próprios criado as agências de classificação de risco, o rebaixamento na avaliação da União Europeia despertou indignação e ironia entre os líderes do bloco.

    "É uma análise feita por especialistas que, antes da crise bancária, acreditavam que tudo ia bem”, lembrou o primeiro-ministro da Bélgica, Elio Di Rupo. “É preciso relativizar sempre uma opinião".

    "Todos os Estados membros sempre, inclusive durante a crise financeira, aportaram sua contribuição ao orçamento europeu em tempo", acrescentou o comissário europeu a cargo de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, em comunicado no qual, oficialmente, o grupo de países expressou seu “desacordo” com a decisão. A União Europeia estava sob a ameaça de um rebaixamento de sua nota desde janeiro de 2012, quando a S&P classificou de "negativa" a perspectiva de sua evolução. Desde essa data, a nota de vários países importantes da UE, entre eles a França, foi rebaixada. Atualmente só seis países da União Europeia têm a nota "AAA".

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