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Bielorússia recebe armas nucleares táticas russas

Trata-se de uma resposta à instalação de armas nucleares dos Estados Unidos em vários países europeus

Presidente de Belarus, Alexander Lukashenko (Foto: SHAMIL ZHUMATOV - REUTERS)

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247 - O presidente bielorusso, Alexander Lukashenko, afirmou em entrevista na última terça-feira (14), que seu país começou a receber armas nucleares táticas da Rússia, algumas das quais são três vezes mais poderosas do que as bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos sobre Hiroshima e Nagasaki em 1945, informa a Reuters.

Em entrevista ao Rossiya-1, canal de TV estatal russo, e que foi postada no canal de Telegram da agência estatal de notícias bielorussa Belta, Lukashenko, falando em uma floresta próximo à veículos militares e um depósito militar ao fundo, afirma: “Temos mísseis e bombas que recebemos da Rússia” e “as bombas são três vezes mais poderosas do que aquelas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki”.

O envio do armamento, o primeiro por parte da Rússia deste tipo de ogiva desde o fim da União Soviética, é feito em um contexto de um cada vez maior envio de armamento por parte dos Estados Unidos e outras potências ocidentais para a Ucrânia, o que tem permitido o prolongamento da guerra.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse na semana passada que começará a implantar as armas nucleares táticas quando as instalações especiais para o seu armazenamento estiverem prontas, já tendo também informado em março acerca da concordância com a Bielorússia sobre a implantação de tais armas no país, destacando que os Estados Unidos vêm, ao longo de décadas, instalando armas nucleares em vários países europeus.

Associado a esta estratégia de confrontação, insere-se também o constante alargamento da Otan para as fronteiras com a Rússia desde o fim da URSS, do que é exemplo a recente adesão da Finlândia à organização, assim como o envio pelo Reino Unido de munições de urânio empobrecido à Ucrânia, as quais, também utilizadas na Iugoslávia e no Iraque, deixaram nestes países um legado cancerígeno cujos efeitos se sentem até hoje.

Os Estados Unidos criticaram a decisão do presidente russo, mas não demonstraram nenhuma intenção em atenuar a escalada de confrontação ou de alterar o seu posicionamento sobre armas nucleares. Já a China advertiu contra o uso destas armas e apela à sua não-utilização.

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