Blinken expressa apoio dos EUA à criação de Estado palestino em visita à Cisjordânia
Secretário de Estado dos EUA também defendeu que "todos os impostos palestinos coletados por Israel (deveriam) ser sistematicamente transferidos para a Autoridade Palestina"
247 - O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reafirmou nesta quarta-feira (10) que os Estados Unidos apoiam "medidas palpáveis para a criação de um Estado palestino", durante uma reunião com o presidente Mahmoud Abbas em Ramallah, na Cisjordânia ocupada. O chefe da diplomacia norte-americana continua sua turnê regional reiterando pedidos ao governo israelense que poupasse os civis palestinos em sua guerra na Faixa de Gaza, informou a agência RFI.
A escalada das hostilidades entrou em seu quarto mês no domingo (7), e, apesar dos inúmeros esforços diplomáticos, nada parece capaz de pôr um fim ao conflito, ao mesmo tempo em que a ONU alerta sobre as condições de vida desastrosas da população no território sitiado.
Anthony Blinken, reuniu-se com Mahmoud Abbas em Ramallah nesta quarta-feira para discutir justamente a espinhosa questão da situação pós-guerra em Gaza, território devastado por ataques israelenses.
Além de confirmar o apoio à criação de um Estado palestino, Blinken insistiu que "todos os impostos palestinos coletados por Israel (deveriam) ser sistematicamente transferidos para a Autoridade Palestina, de acordo com acordos anteriores", enquanto Israel continua a bloquear esses fundos, causando dificuldades financeiras para o órgão.
Durante sua reunião com Abbas, Blinken também falou sobre a necessidade de introduzir "reformas administrativas" que "beneficiariam o povo palestino".
Desde o início da escalada da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, em 7 de outubro, a Cisjordânia tem registrado um nível de violência nunca visto desde a Segunda Intifada, revolta palestina de 2000 a 2005. De acordo com a Autoridade Palestina, 334 pessoas foram mortas por Israel.
Turnê regional - O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, está em uma turnê regional desde segunda-feira (8). Em Tel Aviv, na terça-feira (9), ele disse que seu objetivo era exortar Israel a fazer mais para proteger os civis na Faixa de Gaza e tentar conter a escalada regional.
Ele disse aos líderes israelenses que a normalização das relações com os países da região continua sendo possível, apesar da guerra no enclave, mas somente se Israel criar as condições para a criação de um "Estado palestino viável".
Uma grande operação israelense está em andamento em Jenin, na Cisjordânia ocupada, desde a noite de terça-feira.
O exército de ocupação israelita lançou, com o apoio de Washington, uma guerra em 7 de outubro com o objetivo declarado de acabar com o Hamas, mas em quase três meses não alcançou sua meta e apenas perpetrou um genocídio em Gaza, conforme denunciado por vários países do mundo.
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