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Brasil vota com Rússia e China para abrir investigação sobre ataque ao Nord Stream

Apenas os três países votaram a favor. Por isso, o Conselho de Segurança da ONU rejeitou uma resolução pela investigação da sabotagem nos gasodutos Nord Stream

Vazamento no Nord Stream 2 perto de Bornholm, na Dinamarca 27/9/2022 (Foto: DANISH DEFENCE COMMAND)

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247 — O Conselho de Segurança da ONU rejeitou uma resolução, apresentada pelo representante da Rússia, pela criação de uma comissão de investigação internacional independente sobre os “atos de sabotagem” cometidos nos gasodutos Nord Stream no Mar Báltico, em setembro de 2022. Apenas Brasil, China e Rússia votaram a favor, contra 12 abstenções e nenhum voto contrário. Por falta de votos suficientes a favor, o Conselho rejeitou a resolução.

O representante do Brasil enfatizou que qualquer proposta feita por um membro do Conselho deve ser considerada de forma respeitosa e objetiva. Ele apontou que informações preliminares das autoridades europeias indicam que os incidentes do Nord Stream foram um ato de sabotagem com o possível envolvimento de um ator estatal. Ainda citou a importância de esforços mais abrangentes da parte das Nações Unidas para investigar o ataque. Por isso, encorajou os responsáveis pelas investigações nacionais em andamento a compartilhar suas conclusões com o Conselho o mais rápido possível.

O embaixador russo nas Nações Unidas, Vassily Nebenzia, disse que esforços estão sendo feitos para obstruir as investigações sobre o caso.

“Está sendo desperdiçado um tempo precioso e aumentam as suspeitas de que dentro dessas investigações estão sendo feitos esforços não para esclarecer o que aconteceu com os atos de sabotagem, mas sim para esconder evidências e limpar a cena do crime”, disse Nebenzia durante a reunião do órgão. 

Em 27 de setembro do ano passado, o consórcio Nord Stream AG relatou "danos sem precedentes" ocorridos em três linhas dos gasodutos Nord Stream e Nord Stream 2. Sismólogos suecos registraram duas explosões ocorridas em 26 de setembro perto da rota do oleoduto. O Gabinete do Procurador-Geral da Rússia iniciou um processo criminal por acusações de terrorismo internacional.

Em 8 de fevereiro, o jornalista investigativo dos EUA Seymour Hersh publicou um artigo que dizia, citando fontes, que mergulhadores da Marinha dos EUA plantaram dispositivos explosivos sob os gasodutos Nord Stream 1 e 2 contando com a cobertura do exercício BALTOPS em junho de 2022, e os noruegueses ativaram as bombas três meses depois. Segundo o jornalista, a decisão de conduzir a operação foi tomada pessoalmente pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, após nove meses de discussões com especialistas em segurança da Casa Branca. A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adrienne Watson, disse em um comentário à agência TASS que o relato de Hersh era "totalmente falso e ficção completa". (Com Sputnik). 

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