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Chanceleres da Arábia Saudita e do Irã se reunirão para estabelecer reabertura de embaixadas

Irã e a Arábia Saudita concordaram em retomar as relações após anos de hostilidade que ameaçaram a estabilidade e a segurança no Golfo Pérsico e ajudaram a alimentar conflitos

(Foto: REUTERS/Leonhard Foeger | REUTERS/Huseyin Aldemir)

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DUBAI (Reuters) - Os ministros das Relações Exteriores da Arábia Saudita, príncipe Faisal bin Farhan Al-Saud, e do Irã, Hossein Amirabdollahian, concordaram em se encontrar em breve e abrir caminho para a reabertura de embaixadas sob um acordo para restabelecer os laços entre os dois países, informou a agência de notícias estatal saudita SPA nesta quinta-feira.

Neste mês, o Irã e a Arábia Saudita concordaram em retomar as relações diplomáticas após anos de hostilidade que ameaçaram a estabilidade e a segurança no Golfo Pérsico e ajudaram a alimentar conflitos no Oriente Médio, do Iêmen à Síria.

Os ministros falaram por telefone para marcar a ocasião do mês sagrado muçulmano do Ramadã, disse a SPA.

Amirabdollahian enfatizou durante a ligação a prontidão do Irã para fortalecer as relações com a Arábia Saudita, informou a agência de notícias oficial do Irã, Irna.

Os chanceleres dos dois países concordaram em se encontrar o mais rápido possível e iniciar os preparativos para a reabertura de embaixadas e consulados, acrescentou a Irna.

O acordo entre as potências regionais, a Arábia Saudita muçulmana sunita e o rival de longa data xiita Irã, mediado pela China, foi anunciado após conversas não reveladas em Pequim entre as principais autoridades de segurança dos dois países.

Analistas dizem que ambos os lados podem se beneficiar com a retomada das relações, à medida que o Irã busca minar os esforços dos Estados Unidos para isolá-lo na região e a Arábia Saudita tenta se concentrar no desenvolvimento econômico.

A Arábia Saudita cortou relações com o Irã em 2016, depois que sua embaixada em Teerã foi invadida durante uma disputa entre os dois países sobre a execução de um clérigo muçulmano xiita em Riad.

O reino também culpou o Irã por ataques de mísseis e drones em suas instalações de petróleo em 2019, bem como ataques a navios-tanque nas águas do Golfo. O Irã negou essas acusações.

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