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Chefe do Grupo Wagner elogia golpe no Níger e oferece combatentes a junta militar

Prigozhin não mencionou envolvimento no golpe, mas descreveu-o como um momento de libertação

Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo Wagner (Foto: Reuters)

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247 - O chefe da PMC Wagner, Yevgeny Prigozhin, que continua ativo apesar de liderar um motim fracassado contra o alto comando do exército russo no mês passado, elogiou o golpe militar no Níger como uma boa notícia e ofereceu os serviços de seus combatentes para restabelecer a ordem.

De acordo com informações da Al Jazeera, uma mensagem de voz em canais do aplicativo Telegram associados ao Grupo Wagner, que afirmaram ser de Prigozhin, não mencionou envolvimento no golpe, mas descreveu-o como um momento de libertação há muito esperado dos colonizadores ocidentais, e fez o que parecia ser uma oferta para que seus combatentes ajudassem a estabelecer a ordem.

"Aquilo que aconteceu no Níger não é nada além da luta do povo do Níger contra seus colonizadores. Contra colonizadores que estão tentando impor suas regras de vida e suas condições, mantendo-os no mesmo estado em que a África estava há centenas de anos", disse a mensagem, postada na quinta-feira à noite.

O orador tinha a mesma entonação e estilo distintos em russo como o chefe do Grupo Wagner, embora a agência de notícias Reuters não tenha conseguido confirmar com certeza que era ele.

"Hoje, isso está efetivamente ganhando sua independência. O resto dependerá, sem dúvida, dos cidadãos do Níger e de quão efetiva será a governança, mas o principal é isso: Eles se livraram dos colonizadores", dizia a mensagem.

O status da empresa paramilitar privada e a continuação de suas operações têm sido incertos desde a revolta abortada na Rússia em 23-24 de junho. Mas o Grupo Wagner continua expandindo sua atuação no continente africano. Centenas de combatentes da PMC chegaram à República Centro-Africana para garantir a segurança antes do referendo de 30 de julho. Prigozhin foi visto recentemente no fórum Rússia-África em São Petersburgo. 

Na quarta-feira, membros da guarda presidencial do Níger disseram em um comunicado transmitido pela televisão nacional que derrubaram o presidente Mohamed Bazoum, fecharam fronteiras e impuseram toque de recolher no país "até novo aviso". Isso ocorreu horas depois que a guarda presidencial deteve o presidente em sua residência e bloqueou o acesso a escritórios públicos na capital nigerina, Niamey. O suposto motivo do motim foi a intenção de Bazoum de demitir o comandante da guarda presidencial, general Abdourahmane Tchiani, que apresentou-se esta sexta-feira (28) na televisão estatal como o líder dos soldados amotinados. O golpe tem sido duramente condenado por várias nações e organizações internacionais.

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