China critica EUA por medidas voltadas a Taiwan: “interferência” e “provocação”
Apoio dos Estados Unidos à participação de Taiwan na Assembleia Mundial da Saúde “é uma ação para interferir nos assuntos internos chineses sob o pretexto de controle da pandemia de Covid-19”, aponta artigo publicado na mídia chinesa
Rádio Internacional da China - O Comitê das Relações Exteriores do Senado dos EUA aprovou recentemente um projeto de lei que exige ao Conselho de Estado do país elaborar medidas para ajudar Taiwan a “retomar o status de observador da Assembleia Mundial da Saúde”.
Esta é uma nova ação da parte norte-americana para interferir nos assuntos internos chineses sob o pretexto de controle da pandemia de Covid-19 e para cooperar com as autoridades de Taiwan na busca da “independência” da ilha.
A tentativa viola severamente os três comunicados conjuntos entre a China e os EUA, além de contrariar gravemente as normas básicas internacionais. A China se opõe firmemente a estes atos.
O projeto de lei estadunidense menciona que Taiwan não consegue mais participar da Assembleia Mundial da Saúde como observador por vários anos consecutivos desde 2017.
De fato, Taiwan é uma província da China e sua participação em atividades de organizações internacionais deve seguir o princípio de “uma só China”. Este é um princípio fundamental da Resolução Nº2758 da Assembleia Geral da ONU e da Resolução Nº25.1 da Assembleia Geral da Saúde.
Entre 2009 e 2016, Taiwan participou da Assembleia Mundial da Saúde com o nome de “Taipei da China” e com o status de observador, tratando-se de um arranjo especial com base na observação de ambos os lados do Estreito de Taiwan do “Consenso de 1992”.
Porém, desde 2016, quando o Partido Progressista Democrático de Taiwan assumiu a administração da ilha, o partido não reconhece mais o “Consenso de 1992” e promove persistentemente a “independência de Taiwan”. Tal ação removeu a base política para a participação de Taiwan na Assembleia Mundial da Saúde.
A Assembleia Mundial da Saúde tem se recusado a incluir na pauta a proposta de “convidar Taiwan para participar da conferência como observador”. Isso mostra que o princípio de “uma só China” é um reconhecimento geral internacional e não pode ser questionado.
Alguns congressistas norte-americanos, entretanto, sempre aproveitam questões relacionadas a Taiwan para tentar controlar a China sob o pretexto de que o país asiático é o maior adversário dos EUA.
De fato, desde o surto, o governo central chinês realizou arranjos apropriados para a participação de Taiwan em assuntos internacionais de saúde. A questão de Taiwan está associada aos interesses essenciais da China. A China tem o direito de tomar ações necessárias para impedir provocações. Se os EUA continuarem emitindo sinais errados às forças de “independência de Taiwan”, prejudicarão os próprios interesses no final.
Tradução: Paula Chen
Revisão: Erasto Santos Cruz
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