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China é o maior "desafio geopolítico", dizem EUA em documento de estratégia de defesa

Em documento com diretrizes de política externa lançado nesta quarta (12), EUA destacam Otan e miram Pequim e Moscou

Joe Biden e Xi Jinping (Foto: Reuters)

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Brasil de Fato - A Casa Branca divulgou nesta quarta-feira (12) sua nova "Estratégia  de Defesa Nacional". O documento de 48 páginas traz comentários sobre a  estratégia de Washington para ganhar a competição com a China, conter a  Rússia e enfrentar os problemas internos dos Estados Unidos.

"Na  medida que o mundo continua a navegar pelos impactos persistentes da  pandemia e incerteza econômica global, não há nação melhor posicionada  para liderar com força e propósito que os Estados Unidos da América",  diz o presidente do EUA, Joe Biden, no texto de abertura do documento.

Biden ainda destaca a "brutal e não justificada" guerra da Rússia contra a Ucrânia.  É nesse contexto que ele exalta o fortalecimento da Organização do  Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a expansão da aliança militar, com a  entrada de seus "novos aliados" Finlândia e Suécia. Além disso, ele  aponta para o pacto militar "Aukus", com a Austrália. 

A China, todavia, é apontada como o principal desafio para o domínio dos EUA. O documento confirma, e cita, a disputa tecnológica com os chineses no campo de semicondutores e a defesa da "liberdade de navegação" no Estreito de Taiwan.

"Essa estratégia reconhece que a República Popular da China apresenta  o desafio geopolítico mais importante da América. Embora o  Indo-Pacífico seja onde seus resultados serão moldados de forma mais  aguda, existem dimensões globais significativas para esse desafio. A  Rússia representa uma ameaça imediata e contínua à ordem de segurança  regional na Europa e é uma fonte de perturbação e instabilidade  globalmente, mas carece das capacidades de todo o espectro da República  Popular da China", afirma o documento da "Estratégia de Defesa Nacional"  dos EUA.

"A  premissa fundamental da estratégia é que entramos em uma década  decisiva em relação a dois desafios estratégicos fundamentais. A primeira é a competição entre as grandes potências para moldar o futuro da ordem internacional. E  a segunda é que, enquanto essa competição está em andamento, precisamos  lidar com um conjunto de desafios transnacionais que estão afetando as  pessoas em todos os lugares", afirmou o conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, em coletiva de imprensa.

"Esta  década decisiva é crítica tanto para definir os termos da concorrência,  principalmente com a República Popular da China, quanto para se  antecipar aos enormes desafios que, se perdermos tempo nesta década, não  conseguiremos acompanhar principalmente a crise climática , mas também outros desafios", disse Sullivan. 

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