Cinco soldados são mortos em ataque de tropas francesas à Guarda Nacional do Níger

MOSCOU, 12 de agosto (Sputnik) - Pelo menos cinco soldados foram mortos e outros quatro ficaram feridos como resultado de um ataque à Guarda Nacional do Níger, realizado por militares franceses, informou a mídia.

Rebeldes no Níger aumentaram o nível de ameaça na quarta-feira depois de dizerem que as ações das tropas francesas resultaram em um ataque à Guarda Nacional, acrescentando que um avião de guerra francês entrou no espaço aéreo do país africano.

O ataque deixou cinco soldados mortos e um quarto ferido, informou o portal de notícias ActuNiger na sexta-feira, citando informações da Guarda Nacional do Níger. Dois dos feridos estão em estado grave.

Antinekar Al-Hassan, conselheiro político do ex-presidente nigerino Mohamed Bazoum, disse à Sputnik na quarta-feira que os militares franceses rejeitaram a exigência dos rebeldes nigerianos de deixar o país africano. O Níger atualmente abriga 1.500 soldados franceses.

Um golpe ocorreu no Níger em 26 de julho. Bazoum foi deposto e detido por sua própria guarda, liderada pelo general Abdourahmane Tchiani. O interino Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria fechou as fronteiras do país, ignorando acordos de segurança com a França, seu ex-colonizador.

A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) deu aos líderes do golpe uma semana para restabelecer Bazoum e restaurar a ordem, insinuando que, caso contrário, recorreria à intervenção militar. Seu ultimato expirou no último domingo. Mali e Burkina Faso, membros da CEDEAO, rejeitaram o cenário de intervenção no Níger, um sinal de discórdia nas fileiras da aliança regional geralmente considerada pró-francesa.

Uma cúpula de emergência das 15 nações da CEDEAO foi concluída na capital da Nigéria, Abuja, na quinta-feira, menos de um dia depois que os militares rebeldes do Níger anunciaram a formação de um governo de transição. O presidente da Nigéria e presidente da CEDEAO, Bola Ahmed Tinubu, disse durante a cimeira que nada está descartado no que diz respeito à situação no Níger, incluindo o uso da força como último recurso.