Depois da Alemanha, Zelensky assina pacto de segurança com a França
Pacto de segurança de 10 anos inclui compromissos do governo francês de fornecer mais armas, treinar soldados e enviar até 3 bilhões de euros em ajuda militar à Ucrânia em 2024
BERLIM (Reuters) - O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, assinou um novo pacto de segurança de longo prazo com a França nesta sexta-feira, poucas horas depois de garantir um acordo semelhante e ajuda da Alemanha, em uma viagem abalada pela notícia da morte do crítico do Kremlin Alexei Navalny.
Zelenskiy está visitando Alemanha e França em busca de angariar assistência militar em um momento crítico da guerra contra a Rússia, com as tropas ucranianas tentando conter as forças russas que se aproximam da cidade de Avdiivka, no leste do país, e os Estados Unidos lutando para aprovar um pacote de ajuda militar "vital" de vários bilhões de dólares para a Ucrânia.
"É um acordo de segurança ambicioso e muito substantivo", disse Zelenskiy aos repórteres ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron. "Não se trata de uma alternativa aos Estados Unidos. Estamos todos juntos e essa união é necessária para derrotar a Rússia."
O pacto de segurança de 10 anos com a França inclui compromissos do governo francês de fornecer mais armas, treinar soldados e enviar até 3 bilhões de euros em ajuda militar à Ucrânia em 2024, disse Macron, destacando que Paris havia oferecido 1,7 bilhão de euros em 2022 e 2,1 bilhões de euros em 2023.
"Nosso compromisso com a Ucrânia não enfraquecerá", disse Macron em uma coletiva de imprensa conjunta, acrescentando que o "regime do Kremlin" havia entrado em uma nova fase que agora estava claramente mostrando mais agressividade em relação aos países europeus. "Ao ajudar nosso parceiro ucraniano, estamos investindo em nossa segurança", disse Macron.
Zelenskiy, com seu traje cáqui característico, sorriu ao apertar a mão de Macron no Palácio do Eliseu depois que os dois líderes assinaram o pacto, que foi negociado nos últimos meses.
PACOTE ALEMÃO - O pacto de segurança alemão, que terá duração de 10 anos, compromete a Alemanha a apoiar a Ucrânia com assistência militar, aplicar sanções e controles de exportação à Rússia e garantir que ativos russos permaneçam congelados.
O governo alemão também preparou outro pacote imediato de 1,13 bilhão de euros focado em defesa aérea e artilharia. "A importância do documento não pode ser superestimada. O documento deixa claro que a Alemanha continuará a apoiar uma Ucrânia independente na sua defesa contra a invasão russa", afirmou Scholz.
"E se, no futuro, houver uma nova agressão russa, acertamos um detalhado apoio diplomático, econômico e militar", acrescentou.
Zelenskiy afirmou que a ajuda era fundamental, uma vez que o fornecimento de material militar de outros parceiros tinha diminuído e a Rússia tinha uma vantagem em termos de artilharia na linha da frente.
A notícia da morte de Navalny em uma prisão russa chegou pouco antes do horário marcado para os dois líderes falarem. Navalny passou um tempo na Alemanha se recuperando de um envenenamento com agente nervoso de nível militar na Sibéria antes de retornar para a Rússia.
“Eu encontrei Navalny aqui em Berlim quando ele estava tentando se recuperar do envenenamento... e também falei com ele sobre a grande coragem que era necessária para voltar ao país”, disse Scholz. "E ele agora provavelmente pagou por essa coragem com sua vida”, acrescentou.
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