Deputados comunistas portugueses condenam 'vergonhosa resolução' contra Cuba aprovada no Parlamento Europeu
Os deputados do Partido Comunista Português no Parlamento Europeu rejeitaram a “vergonhosa resolução” contra Cuba e a consideram uma “descarada provocação”
247 - A resolução adotada em sessão plenária do Parlamento Europeu (PE) contra Cuba representa “uma vergonhosa manobra que, através de um inaceitável exercício de falsificação e de grotescas considerações, procura abrir caminho à mais descarada ingerência e promoção da ação de desestabilização contra Cuba e obstaculizar o necessário desenvolvimento das relações entre a União Europeia (UE) e Cuba, perspectiva aberta com a assinatura do Acordo de Diálogo e Cooperação”, afirmam os deputados do PCP no PE. A informação é do jornal Jornal “Avante!”.
Numa declaração divulgada no dia 13, denunciam que as forças políticas que promoveram esta resolução procuram retomar o posicionamento político da denominada “Posição Comum da União Europeia sobre Cuba” – adotada em 1996 e revogada em 2016 –, que constituía uma clara afronta aos princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional.
Consideram que a resolução esconde deliberadamente décadas de agressão e a permanente desestabilização promovidas pelos EUA contra Cuba. Omite grosseiramente o criminoso bloqueio imposto pelos EUA que, há mais de 60 anos, atenta contra Cuba e que constitui um instrumento de guerra económica, com profundos prejuízos para a economia e o desenvolvimento deste país, e uma violenta e sistemática agressão aos direitos e às condições de vida do povo cubano. Escamoteia os efeitos do caráter extraterritorial do bloqueio imposto pelos EUA, bem como o seu agravamento por parte da administração Trump, nomeadamente para diversos Estados-membros da UE. E encobre a insistência dos EUA – apesar das promessas em contrário – em manter Cuba na ilegítima e hipócrita «lista de países patrocinadores do terrorismo», que mais não é que uma forma de agravar o bloqueio contra Cuba, incluindo o seu carácter extra-territorial, e as suas criminosas consequências.
A aprovação desta resolução, em vésperas da Cimeira entre a UE e a CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), “constitui ainda uma descarada provocação contra Cuba e toda a América Latina e Caraíbas, que só pode merecer a mais clara e veemente denúncia e rejeição”.
Os deputados do PCP no PE votaram contra esta resolução, expressaram a sua solidariedade com Cuba, exemplo de dignidade, resistência e determinação face à violenta ação dos EUA, e exigiram respeito “pela soberania e independência de Cuba, pelo direito do povo cubano a decidir livremente do seu destino, de prosseguir o caminho da sua revolução socialista, livre de ingerência externa”.
Exemplo de dignidade
Opondo-se a «mais uma vergonhosa manobra protagonizada no PE contra Cuba e seu povo», os deputados do PCP João Pimenta Lopes e Sandra Pereira reafirmaram que a ilha tem amigos no Parlamento Europeu e que «o povo cubano pode estar seguro que face a cada ataque contra Cuba, aqui estaremos para lhe fazer frente».
Os deputados comunistas denunciaram o criminoso bloqueio imposto pelos EUA, que há mais de 60 anos atenta contra Cuba, agride os direitos do povo cubano, procura impedir o seu desenvolvimento. Defenderam o respeito pela soberania e independência de Cuba e o direito do seu povo a decidir livremente do seu destino, de prosseguir o caminho da revolução socialista. Manifestaram-se solidários com Cuba e o seu povo, exemplo de dignidade, resistência e determinação face à violenta ação dos EUA.
E reafirmaram que «podem contar» com o PCP: “Aqui estamos, como sempre estivemos, com Cuba e o seu povo, exemplo de solidariedade, de paz e cooperação entre todos os povos, exemplo do mundo mais justo e libertador a que aspiramos”.
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