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    Diplomata chinês no Brasil discute Taiwan e define a ‘linha vermelha’

    Ministro da Embaixada da China no Brasil, Jin Hongjun abordou em coletiva de imprensa o separatismo em Taiwan

    Jin Hongjun (Foto: Divulgação/Embaixada da China)

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    247 - O ministro da Embaixada da China no Brasil, Jin Hongjun, discutiu a situação em Taiwan e a postura chinesa diante das ações do Partido Democrático Progressista (PDP), que governa a ilha, e das forças americanas, principais apoiadores de Taipé.

    ‘Desde a chegada do Partido Democrático Progressista ao poder, a agenda independentista se sobrepôs ao bem-estar do povo de Taiwan’, afirmou Jin em coletiva de imprensa virtual, nesta sexta-feira (17). 

    Ele destacou que as forças independentistas de Taiwan são vistas como a principal ameaça à paz e acusou os Estados Unidos de utilizarem o território para conter a China. ‘As forças americanas usam Taiwan para conter a China, e o PDP se alia a forças externas em seus esforços de independência’, acrescentou.

    O ministro sublinhou a importância de Taiwan para a China, afirmando que a ilha representa uma linha intransponível: ‘Taiwan é uma linha vermelha que não se deve cruzar’.

    Jin ressaltou o esforço contínuo do governo chinês para alcançar uma reunificação pacífica do país, mas não descartou a possibilidade do uso da força: ‘O governo chinês dedica grande empenho para a reunificação pacífica. Mas a China não descarta o uso da força, sem ter como alvo os compatriotas de Taiwan. Visa conter as atividades separatistas de um pequeno grupo’.

    Ele também garantiu que a reunificação da China não terá impactos econômicos negativos e, ao contrário, trará mais estabilidade global: ‘A reunificação da China não causará impactos econômicos negativos, e sim trará mais estabilidade para o globo’.

    Jin mencionou ainda a relação entre Brasil e China, enfatizando o apoio mútuo aos interesses fundamentais de ambos os países e a adesão ao princípio de uma só China. ‘Brasil e China apoiam seus interesses fundamentais. Ambos os países concordaram com o princípio de Uma Só China. Com o retorno de Lula ao poder, o Brasil reiterou sua adesão a esse princípio’, afirmou, destacando que o Brasil não pode ser tratado como o “quintal”. 

    Em relação a iniciativas de parlamentares e prefeitos brasileiros no sentido de apoiar Taiwan, Jin Hongjun afirmou que eles ‘colocam sal na ferida’ e arriscam perder grandes oportunidades de negócios com a China. 

    ‘O que é mais importante são os interesses nacionais do Brasil. O Brasil não está a perder com o nosso relacionamento ao longo dos últimos 50 anos’, disse, enfatizando a necessidade de respeito mútuo e ao princípio de não interferência nos assuntos internos. 

    Taiwan é governada de forma independente da China continental desde 1949. Pequim vê a ilha como sua província, enquanto Taiwan – um território com o seu próprio governo eleito – afirma ser um país autônomo, mas não declara independência. Pequim opõe-se a qualquer contato oficial de Estados estrangeiros com Taipei e considera indiscutível a soberania chinesa sobre a ilha.

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