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Em análise de último recurso contra extradição para os EUA, defesa diz que CIA planejou assassinato de Julian Assange

Defesa alega um "risco real" de ações extrajudiciais por parte da CIA ou de outras agências estadunidenses

(Foto: REUTERS/HENRY NICHOLLS)

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247 - A defesa do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, afirma que ele foi alvo de uma conspiração da CIA para matá-lo enquanto estava refugiado na embaixada do Equador em Londres. A alegação deverá ser feita nesta terça-feira (20) durante a análise do último recurso impetrado pela defesa visando evitar a extradição do ativista australiano da Inglaterra para os Estados Unidos. Assange é acusado de espionagem devido ao vazamento massivo de documentos confidenciais

Segundo o jornal O Globo, o advogado Ed Fitzgerald, iniciou a audiência destacando que seu cliente "não estava bem" no dia e não compareceria à audiência. no julgamento, Fitzgerald pretende argumentar que há "provas específicas" da conspiração da CIA, que não foram devidamente examinadas pelos juízes britânicos. A defesa alega um "risco real" de ações extrajudiciais por parte da CIA ou de outras agências estadunidenses. >>> Defesa de Assange tenta último recurso em tribunal britânico contra extradição

Em sua manifestação inicial, Fitzgerald ressaltou que Assange enfrenta uma "interferência injustificada na liberdade de expressão" e acusações de natureza política. “”le está sendo processado por se envolver em práticas jornalísticas comuns de obtenção e publicação de informações classificadas [secretas], informações que são ao mesmo tempo verdadeiras e de óbvio e importante interesse público”, destacou.

A esposa de Assange, Stella Assange, alertou sobre a deterioração da saúde física e mental do marido, enfatizando que sua vida está em perigo. Se perder esta audiência, Assange não terá mais possibilidade de recurso no Reino Unido, e o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos historicamente tem concedido o aval para a extradição para os EUA.

Julian Assange, de 52 anos, é procurado nos Estados Unidos por ter divulgado mais de 700 mil documentos confidenciais desde 2010, abordando atividades militares e diplomáticas americanas. Sua prisão em 2019, após sete anos na embaixada do Equador, gerou uma campanha global pela sua libertação, apresentando-o como um mártir da liberdade de imprensa.

A ação contra Assange tem recebido críticas internacionais, incluindo do Parlamento Australiano, que aprovou uma moção pedindo o fim da perseguição. A relatora especial da ONU sobre tortura, Alice Jill Edwards, apelou ao governo britânico para suspender a iminente extradição, citando o risco de suicídio devido ao longo período de confinamento e transtorno depressivo periódico.

Federações internacionais e europeias de jornalistas também argumentam que os processos contra Assange comprometem a liberdade de imprensa global.

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