Em discurso na Nicarágua, presidente iraniano defende a liberdade dos povos

247 - O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, fez nesta quarta-feira (14), um apelo ao respeito à liberdade e autodeterminação dos povos, afirmando que os Estados Unidos e seus aliados vão contra essa vontade. Durante um discurso na Assembleia Nacional da Nicarágua, o líder persa destacou que Washington e outras nações se apresentam como defensores dos direitos humanos, da democracia e da liberdade, mas não respeitam a vontade popular. Ele observou que isso ocorre em países como Palestina, Líbano, Afeganistão, Iraque, Síria e outras nações da América Latina, informa a Prensa Latina.

Nesse sentido, o presidente iraniano enfatizou a luta dos palestinos por suas terras e argumentou que, nos últimos 70 anos, os impérios têm negado a esse povo o direito à autodeterminação, oprimindo-o e continuando a oprimir. Ele mencionou a política hostil dos Estados Unidos e afirmou que ela sempre se manifesta contra a formação de governos populares na América Latina. "A característica principal do imperialismo mundial é que, com suas exigências e seu colonialismo, ele busca abusar e explorar os povos e sempre vai contra a vontade deles", expressou.

O governante destacou a posição comum da Nicarágua e do Irã na luta contra conspirações, complôs e tentativas de golpes do inimigo ao longo dos 44 anos de ambas as revoluções. "Nesse campo de batalha, há duas vontades: a dos povos que buscam sua independência, liberdade, justiça e sua fé em Deus; e a outra é a do imperialismo, que busca cumprir seus objetivos com seu egoísmo. A vontade dos povos será vitoriosa", afirmou.

O presidente iraniano está desenvolvendo uma intensa agenda desde a tarde de terça-feira, juntamente com sua delegação composta pela primeira-dama Jamileh Alamolhoda e pelos ministros da Saúde, Cultura, Petróleo e Diplomacia Econômica. Segundo a agenda, quando Raisi e sua comitiva concluírem hoje a primeira visita oficial à Nicarágua, eles partirão para Cuba, onde farão a terceira parada de sua primeira turnê pela América Latina, que também incluiu a Venezuela.