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Exército de Israel invade maior hospital de Khan Younis, no sul de Gaza, e mata um paciente

Porta-voz do Ministério da Saúde palestino, Ashraf al-Qudra conta que o hospital foi transformado em um "quartel militar" pelas tropas israelenses, resultando em vários feridos

Soldado israelense em operação na Faixa de Gaza (Foto: ISRAEL DEFENSE FORCES/Via Reuters)

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247 - Nesta quinta-feira (15), tropas israelenses realizaram uma invasão no Complexo Médico Nasser, o maior hospital de Khan Younis, no sul de Gaza, segundo o jornal O Globo. O ataque aconteceu em meio à presença de milhares de palestinos deslocados, resultando na morte de um paciente do departamento ortopédico, conforme anunciado por Ashraf al-Qudra, porta-voz do Ministério da Saúde do enclave.

O Exército de Israel defendeu a ação, alegando que se tratava de uma operação "precisa e limitada", direcionada contra o grupo Hamas. Segundo Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), informações confiáveis de diversas fontes, incluindo reféns libertados, indicavam que membros do Hamas se escondiam no hospital entre civis feridos. Hagari também mencionou a possibilidade de corpos de sequestrados pelo grupo estarem no local, embora as evidências não tenham sido divulgadas.

Por sua vez, Al-Qudra denunciou a invasão, afirmando que o hospital foi transformado em um "quartel militar" pelas tropas israelenses, resultando em um número significativo de feridos na ofensiva.

As autoridades israelenses afirmam ter entrado em contato com a direção do hospital anteriormente, solicitando o fim das atividades 'terroristas' no local e a evacuação imediata dos suspeitos.

Relatos de uma enfermeira do hospital invadido descreveram a chegada das tropas israelenses, que teriam liberado cães no complexo hospitalar e ordenado que médicos e enfermeiros descessem para os andares inferiores.

A invasão gerou um clima de medo entre os pacientes e funcionários do hospital. Mohammed Abu Lehya, um médico da unidade, relatou que os pacientes estavam "aterrorizados" com a possibilidade de bombardeios. Hanin Abu Tiba, uma professora de inglês de 27 anos que buscava abrigo no local, descreveu condições precárias, com escassez de comida e dificuldades para receber suprimentos de ajuda externa.

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