HOME > Mundo

Federação árabe denuncia ‘sequestro’ de presidente do Instituto Brasil-Palestina no Panamá

Ahmad Shehada foi submetido a interrogatório comandado e executado por agentes da CIA e teve seu passaporte retido por autoridades do serviço de imigração

(Foto: Reuters/Jason Reed)

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 — A Federação Árabe Palestina do Brasil emitiu uma nota denunciando o “sequestro” do presidente do Instituto Brasil-Palestina, Ahmad Shehada, no Aeroporto Internacional de Tucumen, na cidade do Panamá, capital do país homônimo. Shehada teve seu passaporte retido por autoridades do serviço de imigração, além de outros pertences.

Ainda, segundo a FEPAL, o presidente do instituto foi submetido “a interrogatório comandado e executado por agentes estadunidenses, seguramente da famigerada e conhecida máquina de golpes e assassinatos denominada CIA, o serviço de ‘inteligência’ exterior dos EUA”.

“Clamamos ao Governo Brasileiro que chame para consultas os embaixadores de Panamá e EUA acreditados no Brasil, conforme manda a melhor tradição de um país soberano. Até para que o Panamá esclareça se é uma nação soberana ou mera base da CIA e do MOSSAD, mero calabouço para torturadores e ceviciadores formados na Escola das Américas, que deu ao país tanta fama quanto o canal que o atravessa do Atlântico ao Pacífico”, conclui o comunicado.

Leia o comunicado na íntegra

O Panamá é um país ou mera base de CIA?

Autoridades do serviço de imigração do Aeroporto Internacional de Tucumen, na cidade do Panamá, capital do país de mesmo nome, sequestraram ontem, por horas, o presidente do Instituto Brasil-Palestina, Ahmad Shehada, lhe retiveram o passaporte e outros pertences e o submeteram a interrogatório comandado e executado por agentes estadunidenses, seguramente da famigerada e conhecida máquina de golpes e assassinatos denominada CIA, o serviço de “inteligência” exterior dos EUA.

Shehada não viajava ao Panamá; apenas fazia escala em sua viagem à Colômbia, algo corriqueiro a milhares de viajantes que têm este país como destino, ou quando o destino são países da América Central ou Caribe. Impedido de ingressar na área de embarque para tomar o voo que o levaria a seu destino, não pode embarcar e sofreu a deportação.

Algo semelhante já havia vitimado, no mesmo aeroporto, o hoje secretário de Relações Internacionais da FEPAL, Jihad Abu Ali, em outubro de 2017, em seu destino à Nicarágua na condição de um dos delegados brasileiros ao 4° Congresso da COPLAC – Confederação Palestina Latino-americana e do Caribe. Ou seja: o fascismo descarado contra cidadãos de origem palestina, neste aeroporto, é algo corriqueiro.

Isso é inadmissível. O Brasil não pode aceitar este gangsterismo internacional, promovido pelos EUA numa colônia com o título pomposo de país. Condenamos esta ação nefasta das pseudo autoridades panamenhas e chamamos às responsabilidades as democracias no continente, que devem agir contra as ilegalidades sistematicamente cometidas contra seus cidadãos no aeroporto panamenho, muito mais uma jaula israelense do que um hub aeroportuário.

Agradecemos ao Brasil por sua ação a respeito, especialmente aos ministros Paulo Pimenta e Alexandre Padilha, bem como ao corpo diplomático brasileiro no Panamá, sem os quais o desfecho do episódio poderia ter sido mais grave.

Mas isso só não basta, razão pela qual clamamos ao Governo Brasileiro que chame para consultas os embaixadores de Panamá e EUA acreditados no Brasil, conforme manda a melhor tradição de um país soberano. Até para que o Panamá esclareça se é uma nação soberana ou mera base da CIA e do MOSSAD, mero calabouço para torturadores e ceviciadores formados na Escola das Américas, que deu ao país tanta fama quanto o canal que o atravessa do Atlântico ao Pacífico.

Palestina Livre a partir do Brasil, 17 de março de 2023, 75° ano da Nakba.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: