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Forças israelenses invadem mesquita e atacam palestinos durante rezas do Ramadã

Mais de 350 palestinos foram detidos durante o ataque, informou a polícia israelense

Forças de segurança israelenses no complexo da mesquista de Al Aqsa, em Jerusalém05/04/2023 (Foto: REUTERS/Ammar Awad)

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247 - Forças de segurança israelenses atacaram palestinos dentro da mesquita de Al-Aqsa, durante as rezas do Ramadã, informou a agência de notícias palestina WAFA nesta terça-feira (5). 

De acordo com a WAFA, as forças israelenses invadiram o salão de oração da mesquita na noite de terça-feira e atacaram os palestinos, usando granadas de efeito moral, gás, balas de borracha, bastões e estoques de rifles. 

12 palestinos ficaram feridos, informou o Crescente Vermelho Palestino, acrescentando que em determinado momento suas ambulâncias foram alvo da polícia e foram impedidas de chegar aos feridos. 

Mais de 350 palestinos foram detidos durante o ataque, informou a polícia israelense. "A Polícia de Israel prendeu e removeu mais de 350 indivíduos que se barricaram violentamente no Monte do Templo, incluindo indivíduos mascarados, arremessadores de pedras e fogos de artifício e indivíduos suspeitos de profanar a mesquita", escreveu a polícia israelense no Twitter.

A polícia especificou que os manifestantes foram transferidos para o centro de investigação operacional do distrito de Jerusalém para interrogatório. Após a remoção dos manifestantes, a mesquita foi limpa e a oração da manhã foi realizada conforme planejado, acrescentou a agência de aplicação da lei.

A mídia palestina informou que protestos foram iniciados em várias cidades da Cisjordânia após o ataque. O primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, disse que o que aconteceu na Mesquita de Al-Aqsa foi "um grande crime contra os fiéis".

Condenação internacional

A ação de Israel atraiu a condenação de todo o mundo árabe e muçulmano. O ministério das Relações Exteriores da Jordânia condenou as ações da polícia israelense “nos termos mais fortes” e pediu a Israel que retirasse suas forças da mesquita imediatamente. O ministério das Relações Exteriores do Egito também condenou a "invasão" da mesquita pela polícia, dizendo que a ação causou “numerosos ferimentos entre fiéis e devotos” e “violou todas as leis e costumes internacionais”.

O Conselho de Segurança da ONU realizará uma reunião fechada sobre a situação na Mesquita Al-Aqsa a pedido dos Emirados Árabes Unidos e da China, disse uma fonte das Nações Unidas à agência russa Sputnik na quarta-feira.

Retaliação

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) disseram na quarta-feira que nove foguetes foram disparados da Faixa de Gaza em direção a Israel após o ataque.

“Seguindo o relatório anterior sobre as sirenes que soaram em Sderot, cinco foguetes foram disparados da Faixa de Gaza para o território israelense”, disse o IDF. “Quatro deles foram interceptados pela matriz de defesa aérea". 

O IDF também disse que quatro foguetes adicionais foram lançados de Gaza em direção a Israel, mas caíram em espaço aberto.

“Após as sirenes adicionais que soaram nos arredores da Faixa de Gaza, quatro foguetes foram lançados da Faixa de Gaza que caíram em áreas abertas. Nenhum interceptador foi lançado de acordo com o protocolo”, acrescentou o IDF.

Smail Haniyeh, chefe do departamento político do grupo militante palestino Hamas, condenou a ação da polícia de Israel, qualificando-a como "um crime sem precedentes que terá consequências". Ele também pediu que os responsáveis ​​sejam levados à justiça. (Com Sputnik e CNN). 

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