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Israel senta hoje no banco dos réus sob a acusação de promover genocídio em Gaza

Governo israelense, que já assassinou mais de 22 mil palestinos, é acusado de violar as leis internacionais

Benjamin Netanyahu e Faixa de Gaza após ataque de Israel (Foto: ABR | Reprodução/AlJazeera)

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Reuters – Em meio ao conflito entre Israel e militantes do Hamas na Faixa de Gaza, o país se prepara para se defender no Tribunal Internacional de Justiça, em Haia, contra acusações de genocídio. O caso foi apresentado pela África do Sul em dezembro, alegando que a guerra viola a Convenção de Genocídio de 1948.

O porta-voz do governo israelense, Eylon Levy, afirmou: "O Estado de Israel comparecerá perante o Tribunal Internacional de Justiça para dissipar a absurda acusação de sangue da África do Sul, enquanto Pretória dá cobertura política e legal ao regime do Hamas".

As audiências se concentrarão exclusivamente no pedido da África do Sul para uma ordem de emergência exigindo que Israel suspenda as ações militares em Gaza, enquanto o tribunal, também conhecido como Tribunal Mundial, analisa os méritos do caso – um processo que pode levar anos.

Na véspera das audiências, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu rejeitou publicamente pela primeira vez as chamadas de alguns ministros de direita para ocupar permanentemente a Faixa de Gaza.

Colômbia e Brasil expressaram seu apoio à África do Sul na quarta-feira. Os Estados Unidos rejeitaram as alegações de genocídio da África do Sul, instando Israel a fazer mais para proteger os civis palestinos. "É infundada a alegação de que Israel está cometendo genocídio", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matt Miller, em comunicado.

"Na verdade, são aqueles que estão atacando Israel de forma violenta que continuam a pedir abertamente a aniquilação de Israel e o assassinato em massa de judeus".

Miller defendeu o "direito de Israel se defender contra os atos terroristas do Hamas", acrescentando que Israel deve "cumprir o direito internacional humanitário" e "buscar mais formas de evitar danos civis e investigar alegações credíveis de violações do direito internacional humanitário quando surgirem".

O conflito em Gaza continua, com advertências de Jordânia e Egito contra uma possível reocupação israelense da Faixa de Gaza. Os ataques israelenses se intensificaram, apesar da promessa de retirar algumas tropas e mudar para uma campanha mais direcionada.

Os navios de guerra dos Estados Unidos e do Reino Unido no Mar Vermelho repeliram o maior ataque até o momento do movimento Houthi do Iêmen, que afirma agir em apoio a Gaza. Washington e Londres afirmaram ter derrubado 21 drones e mísseis destinados às rotas marítimas, sem causar ferimentos.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução exigindo que os Houthis cessem imediatamente os ataques marítimos.

Devido a preocupações de segurança, a Organização Mundial da Saúde cancelou uma missão de ajuda médica planejada para Gaza, a sexta cancelada em duas semanas.

O Crescente Vermelho relatou que quatro de seus funcionários foram mortos por um ataque israelense perto de Deir al-Balah, na Faixa de Gaza central, enquanto autoridades de saúde palestinas disseram que quatro crianças foram mortas em um ataque aéreo israelense em uma casa em Rafah.

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em sua quarta viagem à região durante o conflito, encontrou-se com líderes palestinos na Cisjordânia ocupada, incluindo o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. O Departamento de Estado afirmou que Blinken expressou apoio a um estado palestino e discutiu esforços para proteger e ajudar civis em Gaza. A Autoridade Palestina afirmou que Abbas disse a Blinken que nenhum palestino deveria ser deslocado de Gaza ou da Cisjordânia.

Um alto conselheiro da Casa Branca, Amos Hochstein, deve visitar Beirute na quinta-feira, como parte dos esforços dos EUA para amenizar as tensões na fronteira entre Israel e Líbano.

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