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Patrocinadores da guerra, EUA não acreditam em vitória da Ucrânia e querem ‘congelar’ conflito contra a Rússia

O governo estadunidense estuda como abandonar a guerra sem que a Ucrânia e os países que a apoiam sejam vistos como derrotados

Joe Biden, Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin (Foto: Reuters/Leah Millis | Reuters/Valentyn Ogirenko | Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin via Reuters)

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247 - Patrocinadores da guerra na Ucrânia, os Estados Unidos têm discutido como encerrar o embate contra a Rússia sem que nenhum dois dois países seja declarado vencedor, informa o jornal internacional ‘Político’. A ideia é que o conflito seja “congelado”, durando muitos anos, mas mediante um acordo entre Rússia e Ucrânia por linhas que não poderiam ser cruzadas por nenhuma das partes.

As discussões, destaca o periódico, estão em fase inicial, mas já acontecem em “várias agências dos EUA e na Casa Branca”. “É um cenário que pode revelar-se o resultado mais realista a longo prazo, dado que nem Kiev nem Moscou parecem dispostos a admitir a derrota”.

O governo estadunidense também não acredita que as Forças Armadas ucranianas sejam capazes de aplicar um golpe mortal na Rússia. Por isso, estudam uma maneira de botar panos quentes sobre a guerra sem que seu lado saia como perdedor. “Isso significaria que o número de confrontos militares cairia, os custos de apoio a Kiev provavelmente também cairiam e a atenção do público para a guerra diminuiria”, pondera a reportagem.

Os EUA também veem a estratégia como uma boa maneira política de encerrar o combate. “Um conflito congelado - no qual os combates são interrompidos, mas nenhum dos lados é declarado vencedor nem concorda que a guerra oficialmente acabou - também pode ser um resultado politicamente palatável de longo prazo para os Estados Unidos e outros países que apoiam a Ucrânia”.

Um funcionário do governo de Joe Biden familiarizado com as discussões sobre a guerra afirmou que a Casa Branca passa agora a olhar para cenários a longo prazo, enquanto até aqui vinha tratando apenas “do urgente e do curto prazo”. “Dois outros funcionários dos EUA e um ex-funcionário do governo Biden confirmaram que um congelamento prolongado nos combates é uma possibilidade para a qual os EUA estão se preparando. As autoridades americanas também estão pensando nos laços de segurança de longo prazo que Washington terá com Kiev, bem como no relacionamento da Ucrânia com a aliança militar da Otan”.

Até que as conversas cheguem a um plano mais avançado, Washington pretende continuar fornecendo armamentos à Ucrânia para que o país tome o máximo de território possível.

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