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    PepsiCo encerra produção da Pepsi na Rússia

    A empresa opera na Rússia há mais de 60 anos e suas colas eram um dos poucos produtos ocidentais permitidos na União Soviética antes de seu colapso

    Prateleira com garrafas de Pepsi em uma mercearia em Moscou (Foto: REUTERS/Evgenia Novozhenina)

    NOVA YORK/MOSCOU (Reuters) - A PepsiCo parou de fabricar os refrigerantes Pepsi, 7UP e Mountain Dew na Rússia quase seis meses após a empresa norte-americana dizer que suspenderia as vendas e a produção no país devido à invasão da Ucrânia.

    O anúncio da Pepsi veio depois que a Reuters visitou dezenas de supermercados, varejistas e academias em Moscou e em outras cidades e encontrou latas e garrafas de Pepsi impressas com datas de produção de julho e agosto vindas de fábricas na Rússia.

    A data mais recente de um produto da companhia era de 17 de agosto.

    Em comunicado à Reuters, a empresa norte-americana disse que parou de fabricar concentrados para PepsiCola, Mirinda, 7Up e Mountain Dew na Rússia.

    "Todos os concentrados foram posteriormente esgotados na Rússia e a produção terminou", disse um porta-voz da PepsiCo em 8 de setembro, nos primeiros comentários públicos sobre o assunto desde que a empresa anunciou, no início de março, que estava suspendendo a produção, vendas, atividades promocionais e publicidade na Rússia.

    O porta-voz disse que o movimento estava "de acordo com o anúncio que fizemos em março de 2022", mas não comentou quando solicitado por uma atualização sobre as vendas e se elas foram interrompidas.

    O Ocidente não sancionou comidas e bebidas como parte de medidas abrangentes destinadas a punir a Rússia por suas ações na Ucrânia.

    Porém a disponibilidade contínua dos produtos destaca a complexidade de se retirar de um dos maiores países do mundo. Em 2021, a Rússia era o terceiro maior mercado da Pepsi, depois dos Estados Unidos e do México.

    A produção da rival Coca-Cola na Rússia também continuou depois que a empresa disse em março que suspenderia as operações.

    A PepsiCo disse em março que continuaria a vender produtos essenciais diários, como leite e outros produtos lácteos, fórmulas infantis e alimentos para bebês na Rússia.

    A empresa opera na Rússia há mais de 60 anos e suas colas eram um dos poucos produtos ocidentais permitidos na União Soviética antes de seu colapso.

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