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"Petroyuan é uma realidade", diz analista geopolítico indiano

Expansão dos BRICS fortalece laços entre nações em desenvolvimento, impulsionando o Petroyuan e marcando passos concretos rumo à desdolarização, aponta o analista S.L. Kanthan

Presidentes Xi Jinping e Vladimir Putin (Xinhua/Xie Huanchi) (Foto: Xie Huanchi)

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247 - O recente movimento de expansão do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) tem sido saudado como uma vitória para as nações em desenvolvimento, marcando uma mudança significativa nas dinâmicas geopolíticas globais. O analista geopolítico indiano S.L. Kanthan expressou sua visão sobre essa evolução em um tuíte que ecoa as implicações profundas desse desenvolvimento para a Rússia, a China e a economia mundial como um todo.

A expansão dos BRICS, conforme descrito por Kanthan, desencadeia uma nova era de cooperação econômica e política entre essas nações. Ele observa que, embora todas as nações em desenvolvimento possam colher benefícios dessa aliança, a Rússia e a China emergem como os principais ganhadores. O presidente russo, Vladimir Putin, é elogiado por sua habilidade diplomática, já que o BRICS consolida sua influência.  >>> "O Brasil dá boas-vindas a Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes, Etiópia e Irã", diz Lula

“A expansão dos BRICS é uma vitória para todas as nações em desenvolvimento, mas especialmente para a Rússia e a China, que têm estado sob ataques cruéis dos imperialistas. Putin ganhou o jogo mesmo sem voar até ao cume! Quanto à China, o BRICS+ oferece grandes oportunidades para internacionalizar o Yuan”, escreveu.

O analista  destaca que um dos elementos mais marcantes dessa expansão é a oportunidade que ela oferece para a internacionalização do Yuan chinês. Kanthan descreve o conceito do "Petroyuan", uma iniciativa que visa transacionar petróleo e outras commodities em troca da moeda chinesa. Isso teria um impacto transformador sobre o comércio internacional, permitindo que países como Brasil e Argentina vendam seus produtos em Yuan. Além disso, nações ricas em recursos naturais como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Irã estão explorando a possibilidade de vender parte de seu petróleo e gás em Yuan e Rúpias indianas, marcando um passo significativo em direção à desdolarização gradual da economia global.

A proposta de expansão do BRICS, apresentada pela China em 2017, finalmente se concretiza após seis anos, e a implementação dessa visão é celebrada por Kanthan como um exemplo de construção de consenso e negociações benéficas para todas as partes envolvidas. Essa ação não apenas reforça os laços entre os membros do BRICS, mas também lança uma série de eventos que Kanthan prevê como um "efeito dominó" de mudanças geopolíticas em várias escalas.

“Desdolarização em etapas. O Petroyuan – petróleo e outras commodities em troca do yuan – é agora uma realidade. Imagine o Brasil e a Argentina vendendo soja, milho, minério de ferro, lítio etc. por Yuan. Enquanto a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Irão venderão pelo menos parte do seu petróleo e gás por yuans e rúpias. Desdolarização em etapas”, destaca o analista.

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