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    Secretário de Defesa dos EUA está hospitalizado e ainda não há previsão de alta

    Lloyd Austin permanece hospitalizado desde segunda-feira (1) devido a complicações na sequência de um pequeno procedimento médico

    Lloyd Austin (Foto: Reuters)

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    Sputnik - O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, permanece hospitalizado desde 1º de janeiro, o que gerou questionamentos de políticos democratas e republicanos ao Pentágono por ter escondido durante dias que o general estava hospitalizado no Centro Médico Militar Nacional Walter Reed.

    O secretário estava hospitalizado desde segunda-feira (1º) da semana passada, devido a complicações na sequência de um pequeno procedimento médico, mas o Pentágono não comunicou esta situação até o dia 4 de janeiro à Casa Branca e até 5 de janeiro ao resto da população norte-americana. Apenas ontem (7) é que o departamento deu alguns detalhes sobre o seu estado de saúde, embora as informações sejam breves.

    Segundo a Bloomberg, Austin, o principal oficial de defesa do país, membro-chave do gabinete e figura crucial da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), não vai ao Pentágono desde 1º de janeiro. A versão oficial do Pentágono é semelhante, embora garanta que o general está bem física e emocionalmente.

    "Ele continua hospitalizado no Centro Médico Militar Nacional Walter Reed, mas está se recuperando bem e de bom humor", disse o porta-voz do Departamento de Defesa, Patrick Ryder, em comunicado, acrescentando que "embora não tenhamos atualmente uma data de lançamento específica, continuaremos a fornecer atualizações sobre o estado [de saúde] do secretário assim que estiver disponível."

    De acordo com o Pentágono, Lloyd Austin retomou as funções normais de trabalho já na sexta-feira (5), ainda que no hospital. Além disso, afirma que o secretário já se comunicou com o presidente Joe Biden e já coordena sem problemas as atividades do Departamento de Defesa nos Estados Unidos e no resto do mundo.

    Por sua vez, o secretário de Estado, Antony Blinken, disse que conversou com Austin no fim de semana passado, antes do incidente. "Eu não estava ciente de seu problema médico", disse ele.

    Há também versões não oficiais divulgadas pela imprensa norte-americana que sugerem que o responsável teria passado quatro dias na unidade de cuidados intensivos, segundo a NBC News, que citou altos responsáveis ​​da administração Biden.

    Alvo de críticas - "É muito chocante porque quando você é secretário de Defesa, você tem que deixar todos saberem que você realmente estará de licença", disse o senador James Lankford (republicano por Oklahoma) à Fox News Sunday.

    Segundo a Bloomberg, o presidente Biden e Austin ficaram dois dias sem falar depois de o presidente ter sido informado, na quinta-feira (4), dos problemas de saúde do general, mas falaram no sábado (6) à noite, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

    Os senadores republicanos pediram por "consequências" ainda no sábado pela falta de notificação de Lloyd Austin à Casa Branca, acusando o Pentágono de reter informações deliberadamente e exigindo que a administração Biden informasse totalmente os legisladores sobre o que aconteceu.

    O deputado James Clyburn (democrata pela Carolina o Sul) e aliado de Biden, defendeu o histórico militar de Austin e seu direito legal à privacidade médica, mas sugeriu que o assunto deveria ter sido tratado de forma diferente.

    "Você tem o dever de manter o público informado", disse Clyburn no programa State of the Union (Estado da União) da CNN. "E não sei se foi ele ou alguém do establishment militar que decidiu fazer dessa forma."

    Biden foi informado da hospitalização de Austin na quinta-feira por seu chefe de gabinete, Jeff Zients, e seu conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, de acordo com duas pessoas que pediram anonimato discutindo comunicações internas, informou a Bloomberg.

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