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Shoigu: parceria do BRICS com Sul Global consolida maioria mundial

"Nas condições de mudanças que estão ocorrendo no cenário mundial, essa interação é mais necessária do que nunca", diz Sergei Shoigu

Sergei Shoigu (Foto: Sputnik/Mikhail Tereshchenko/Pool via Reuters)

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Sputnik - A cooperação entre os países do BRICS e os Estados do Sul Global está em demanda agora mais do que nunca, pois contribui para a consolidação da maioria mundial, disse o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Sergei Shoigu.

A 14ª Reunião dos Altos Representantes do BRICS e BRICS+ sobre Assuntos de Segurança está sendo realizada em São Petersburgo de terça (10) a quinta-feira (12).

Durante uma sessão plenária da reunião, Shoigu disse que uma das principais áreas de seu trabalho é intensificar a cooperação com todos os países do Sul Global.

"Acredito que, nas condições de mudanças fundamentais que estão ocorrendo no cenário mundial, essa interação é mais necessária do que nunca e é chamada a contribuir para a consolidação da maioria mundial", apontou.

Segundo ele, os esforços de todos os países-membros vão tornar o BRICS uma "ferramenta importante para garantir o equilíbrio de interesses, consolidação da paz, estabilidade e confiança mútua".

Shoigu acrescentou também que "a erosão do sistema de segurança internacional é uma ameaça aos países soberanos".

De acordo com ele, vários Estados ocidentais estão impondo "a chamada ordem baseada em regras à comunidade mundial, mas o próprio processo de surgimento de tais regras contradiz a essência e os fundamentos do direito internacional".

Ao mesmo tempo, o potencial de cooperação em segurança no âmbito dos BRICS está longe de se esgotar.

"Nossa associação, ao longo dos anos de sua existência, se estabeleceu como um formato inovador e exigido de cooperação internacional com base no diálogo igualitário, no respeito pelo modo de desenvolvimento de cada um e na consideração dos interesses uns dos outros para a busca coletiva de soluções para os problemas globais", declarou.

O representante da delegação chinesa, ministro das Relações Exteriores Wang Yi, por sua vez, disse que devido às grandes convulsões que estão acontecendo agora, muitos países "enfrentam enormes ameaças e déficits de segurança".

Nesse contexto, o BRICS está se tornando uma plataforma em que a causa da paz e as abordagens construtivas da agenda internacional estão sendo defendidas, segundo ele.

"Nosso papel construtivo está se tornando cada vez mais tangível. Um grande número de países está interessado no BRICS e tudo isso indica a grande vitalidade de nosso mecanismo", disse Wang Yi.

Ele afirmou que no mundo em que há países que seguem o pensamento da Guerra Fria, os membros do BRICS devem cumprir com os princípios de multilateralismo, cooperação e defesa dos interesses legítimos dos países em desenvolvimento.

A Rússia assumiu a presidência do BRICS em 1º de janeiro deste ano. Nessa data, além da Rússia, Brasil, Índia, China e África do Sul, entraram no bloco os novos países-membros: o Egito, a Etiópia, o Irã, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita.

Em junho, o primeiro-ministro da Malásia Anwar bin Ibrahim confirmou a Lula da Silva a intenção da Malásia de participar do BRICS.

No dia 20 de agosto, o Azerbaijão solicitou oficialmente sua adesão ao BRICS.

Recentemente, o assessor presidencial russo Yuri Ushakov confirmou que a Turquia havia se candidatado a membro pleno do BRICS e que o pedido está sendo analisado.

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