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Síria retoma participação na Liga Árabe após 12 anos excluída

Decisão marca reabilitação do presidente Bashar Al-Assad no plano regional

O presidente da Síria, Bashar Al-Assad (Foto: ANA/Handout via REUTERS)

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247 - A Síria retoma sua participação nos trabalhos da Liga Árabe a partir de 7 de maio, disseram os ministros das Relações Exteriores da organização em comunicado neste domingo (7).

A votação em Cairo, capital do Egito, ocorreu dias depois que os principais diplomatas regionais se reuniram na Jordânia, à medida que a guerra no país destruído continua a diminuir de intensidade, e pouco antes de a Arábia Saudita sediar a próxima Cúpula da Liga Árabe, em 19 de maio.

"Foi alcançado um acordo para que as delegações do governo da República Árabe da Síria participem das sessões do Conselho da Liga Árabe, bem como de todas as suas instituições a partir de 7 de maio de 2023", disse o comunicado.

13 dos 22 Estados membros que participaram da sessão endossaram a decisão. A Liga Árabe geralmente tenta chegar a acordos por consenso, mas às vezes opta por maiorias simples.

O comunicado também pede a resolução da crise no país, incluindo a fuga de refugiados para os países vizinhos e o tráfico de drogas na região. A decisão disse ainda que Jordânia, Arábia Saudita, Iraque, Líbano, Egito e o secretário-geral da Liga Árabe formariam um grupo de contato para buscar soluções “passo a passo” para a crise.

A Liga Árabe de 22 nações suspendeu a adesão da Síria em 2011, depois que a guerra estourou no país. Vários Estados-membros chamaram de volta seus embaixadores da Síria em protesto contra as políticas do presidente sírio, Bashar Al-Assad, acusando seu governo de reprimir os manifestantes no país. Anos depois, algumas das nações começaram a tomar medidas para se reconectar com Damasco e reabrir embaixadas.

Os Estados Unidos, enfurecidos com a reabilitação do governo de Bashar Al-Assad, disseram que Damasco não merece ser trazido de volta ao grupo.  Washington apoia grupos "rebeldes" que atacam o governo sírio, enquanto Damasco classifica esses grupos como terroristas. 

A decisão da Liga Árabe vem após o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, visitar Assad em Damasco. Em declaração à imprensa, Raisi reiterou a sua vontade de cooperar no processo de reconstrução da nação levantina. Foi a primeira visita de um líder iraniano à Síria desde 2010. O Irã é aliado da Síria e oferece apoio militar e econômico desde o início da guerra contra a nação levantina em 2011.

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