Situação no Brasil e região sul-americana é 'profundamente preocupante', alerta OMS
O Brasil e a América do Sul se tornaram o epicentro da pandemia do coronavírus, despertando alarme em todo o mundo. A Organização Mundial de Saúde faz um apelo aos governos da região: "encontrem o vírus"
247 - O Brasil é hoje o terceiro país com maior número de mortes e segundo em termos de casos. Considerando apenas os últimos sete dias, o Brasil lidera no mundo, segundo os dados da própria OMS.
A agência de saúde da ONU confirma que os "principais motores do mundo são os países da América do Sul, Central e do Norte, em especial os EUA" e alerta que só haverá um controle da doença se governos conseguirem saber onde está o vírus. Para isso, porém, testes serão necessários. No caso brasileiro, o número de testes é considerado como baixo, informa o jornalista Jamil Chade.
A OMS recomenda testar. Outra recomendação da entidade é para que governos estabeleçam "parcerias com suas sociedades". "Os países que tiveram êxito foram aqueles que estipularam parcerias com a população", indicou Margaret Harris, porta-voz da entidade - relata Jamil Chade.
Para a representante da OMS, o fato de países que viveram um intenso surto nas últimas semanas terem hoje um número baixo de casos revela que a estratégia descrita pela entidade dá resultados. "Sabemos o que funciona. Temos países que tiveram surto e hoje não têm casos", apontou.
Segundo ela, "quando se rompe a cadeia de transmissão, é aí que o surto começa a cair". Para isso, porém, governos precisam ampliar os testes.
Um sinal da crise brasileira foi demonstrado indiretamente numa reunião fechada entre a OMS e governos, na quinta-feira. O país escolhido na América do Sul para mostrar o que tem feito para lidar com a pandemia não foi o Brasil. Mas a Argentina, que fez uma ampla apresentação de suas medidas.
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