Trump é eleito Pessoa do Ano pela revista Time em meio a polêmicas e condenações
Título foi concedido a Donald Trump pela segunda vez
247 - Donald Trump foi escolhido pela revista Time como Pessoa do Ano de 2024, uma decisão que gerou debates intensos devido às múltiplas controvérsias envolvendo o ex-presidente. O republicano, que já havia recebido o título em 2016 após sua primeira eleição, agora se junta a um seleto grupo de figuras reconhecidas mais de uma vez, como Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama. Franklin D. Roosevelt permanece como a única pessoa agraciada três vezes.
Sam Jacobs, editor-chefe da Time, justificou a escolha em um editorial polêmico: “No auge de sua segunda Presidência, todos nós — desde seus apoiadores mais fanáticos até seus críticos mais fervorosos — estamos vivendo na Era de Trump.”
Relação Tempestuosa com a Revista
Trump manteve uma relação conturbada com a publicação ao longo dos anos. Em 2016, após ser nomeado Pessoa do Ano pela primeira vez, chamou a distinção de uma “tremenda honra”, mas se irritou com a manchete que o classificava como “presidente dos estados divididos da América”. Ele rebateu em entrevista ao programa Today, da NBC: “Eu não dividi. Nós vamos nos unir novamente. E teremos um país muito bem resolvido.”Apesar de publicamente desprezar a revista em momentos de críticas, Trump também demonstrou fascínio pela honraria. Em 2017, afirmou que teria sido escolhido novamente, mas se recusou a participar de uma sessão de fotos e entrevista — uma afirmação prontamente desmentida pela Time. Em sua propriedade em Mar-a-Lago, na Flórida, uma falsa capa da revista com sua imagem chegou a ser exibida, conforme revelou o The Washington Post.
O retorno inédito
A edição de 2024 destaca a resiliência de Trump, descrevendo seu retorno como “incomparável na História americana”. Após a derrota para Joe Biden em 2020, marcada por denúncias infundadas de fraude eleitoral que resultaram na invasão do Capitólio, Trump parecia afastado do poder. Contudo, ele venceu uma acirrada disputa interna no Partido Republicano e derrotou Kamala Harris nas eleições gerais.
“Ele passou seis semanas durante a eleição geral em um tribunal de Nova York, o primeiro ex-presidente a ser condenado por um crime — um fato que pouco fez para diminuir seu apoio. A bala de um assassino errou sua cabeça por menos de três centímetros em um comício na Pensilvânia”, relatou a Time, destacando que Trump saiu vitorioso em todos os sete estados-pêndulo e conquistou o voto popular — um feito inédito para um republicano em duas décadas.
Uma campanha de choque
A Time destacou que Trump galvanizou setores diversos do eleitorado, incluindo latinos e afro-americanos, graças à sua retórica incendiária e promessas de deportação em massa, desmantelamento de instituições federais e retaliação contra adversários políticos.
Apesar das vitórias, o veículo pondera que sua agenda política pode enfrentar resistência devido ao sistema de freios e contrapesos da democracia americana, à burocracia federal e à pressão popular. “Trump provou duas vezes que pode surfar no poder com base em sentimentos anti-incumbentes, um culto à personalidade e retórica divisiva. Ele ainda precisa provar que pode promulgar a visão radical com a qual fez campanha”, afirma a reportagem.
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