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    Ucrânia já admite pela primeira vez não se juntar à OTAN

    O embaixador da Ucrânia na Grã-Bretanha, Vadym Prystaiko, disse que Kiev "pode concordar" em não se juntar à OTAN se isso ajudar a evitar uma guerra

    Remessa militar enviada pelos EUA à Ucrânia (Foto: Embaixada dos EUA em Kiev / Twitter)

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    Sputnik – As tensões em torno da Ucrânia aumentaram nos últimos meses, com Washington, Londres e seus aliados declarando que a Rússia está planejando "uma invasão" do país.

    O embaixador da Ucrânia na Grã-Bretanha, Vadym Prystaiko, anunciou nesta segunda-feira (14) que Kiev "pode concordar" em não se juntar à OTAN se isso ajudar a evitar uma "guerra" com a Rússia.

    "Nós podemos, especialmente sendo ameaçados dessa forma, chantageados e pressionados a isso", afirmou Prystaiko sobre a possível mudança de posição quanto à adesão à aliança.

    O embaixador disse à BBC Ucrânia, citado pela Reuters, que estava disposto a ser "flexível" sobre o objetivo de seu país se juntar à aliança atlântica.

    O enviado declarou que a Rússia já faz fronteira com países-membros da OTAN, afirmando que isso "não mudou a situação de segurança" para Moscou.

    A questão sobre a adesão da Ucrânia à OTAN segue sendo um obstáculo entre a Rússia e a aliança. Moscou apresentou recentemente propostas de garantia de segurança à OTAN e aos EUA, sugerindo limites para o envio de tropas e equipamentos militares, além de sugerir que o bloco deixe de se expandir próximo das fronteiras russas.

    No entanto, Washington ignorou estas propostas, enquanto a OTAN se recusou a abandonar suas políticas de "portas abertas", afirmando que a Ucrânia e a Geórgia podem fazer parte da aliança.

    A declaração surge mesmo após Kiev ter alterado a Constituição ucraniana em 2019, onde definiu a adesão à OTAN e à UE como objetivos da nação.

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